Procrastinação

Ato ou efeito de procrastinar; adiamento, demora, delonga. Para os estoicos, o tempo não é algo que se pode deixar correr sem desfrutá-lo ao máximo.

“Agarre a tarefa de hoje, e você não precisará depender tanto do amanhã. Enquanto estamos postergando, a vida corre”, afirma Sêneca na Carta 01, “Sobre aproveitar o tempo”.

Um combate direto à procrastinação.

O filósofo contemporâneo Alain de Botton nos traz uma nova camada para a compreensão da procrastinação: o medo de errar.

“Procrastinação: Muitas vezes confundida com preguiça, mas de fato – sempre – uma espécie de terror diante das possíveis consequências de se estragar tudo. A melhor maneira de lidar com essa doença é reduzir o espectro imaginativo do fracasso – e aumentar gentilmente o espectro da inação, que nunca vem de graça. Começamos a trabalhar quando o medo de não fazer nada finalmente excede o medo de fazer mal feito”.

Voltamos aos estoicos

Encare a possibilidade do erro (ou o erro em si) como “testes de espírito”, caia e levante-se. Sobre esse ponto, Sêneca fala sobre os lutadores (perceba a metáfora):

“o único concorrente que pode entrar com confiança na luta é o homem que viu seu próprio sangue, que sentiu seus dentes chocalhar sob o punho do seu adversário, que foi derrubado e sentiu toda a força da carga do seu adversário, que foi abatido não só no corpo, mas também em espírito, aquele que, quantas vezes cai, levanta-se novamente com maior teimosia do que nunca”, em “Sobre medos infundados”, Carta 13.

Seja teimoso. Seja corajoso. E comece agora!

Referência:

Cartas de um estoico, Volume I, de Sêneca