Cenas Estoicas | Nevasca de Natal

Um dos principais ensinamentos do Estoicismo é entender e aplicar a Dicotomia do Controle! A dicotomia do controle é a relação entre o que está e o que não está no nosso poder, nas nossas mãos, na nossa capacidade de agir! O que não está sob o nosso controle nos resta aceitar – até mesmo amar – e seguir em frente. Na minissérie Nevasca de Natal (disponível na Netflix), conhecemos uma diversidade de personagens que se encontram nas vésperas do Natal em um aeroporto com todos os voos cancelados em decorrência de uma tempestade de neve. O clima é algo…

Eles não são tão diferentes de vocês, são?

Memento Mori O professor Keating, no filme “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), de Peter Weir, antes de apresentar o conceito de “carpe diem” (aproveite o dia) – tão marcante nessa obra – mostra uma foto de um grupo de antigos alunos da escola. Ele pede para que os seus jovens alunos prestem atenção na imagem, enquanto faz sua explanação: “Eles não são tão diferentes de vocês, são? (…) Invencíveis, como vocês se sentem. (…) Os olhos deles estão cheios de esperança, como os de vocês. (…) Mas vejam, senhores, esses meninos agora estão fertilizando o solo”. Associar à ideia de…

Em vez de desviar os olhos dos acontecimentos dolorosos da vida, olhe para eles diretamente e contemple-os com frequência – Epicteto

A citação de Epicteto me faz pensar simbolicamente no filme Moana, em seus momentos de desfecho, quando a jovem garota que dá nome à obra encara o monstro Te Ka. Podemos pensar, a partir dessa relação, em encarar nossos próprios medos e monstros simbólicos e no que isso pode nos trazer de liberdade e de tranquilidade.  No filme da Disney Moana, a protagonista sai pelo oceano em busca do semideus Maui para que juntos recuperem o coração de Te Fiti e, assim, a natureza volte a florescer em sua aldeia. No caminho, Moana descobrirá o passado de seu povo e,…

Tudo o que temos a decidir é o que fazer com o tempo que nos é concedido – Gandalf

No primeiro livro da saga Senhor dos Anéis, a Sociedade do Anel, de J. R. R. Tolkien, Frodo fala para seu amigo e mentor Gandalf: “Eu gostaria que isso não tivesse acontecido no meu tempo”, disse Frodo. E Gandalf responde: “Eu também, e todos os que vivem para ver esses tempos. Mas isso não lhes cabe decidir. Tudo o que temos a decidir é o que fazer com o tempo que nos é concedido”. Para os estoicos: Todo o futuro está na incerteza: viva imediatamente – Sêneca Livros de Sêneca Cartas de um estoico, Volume I, de Sêneca Cartas de…

Mas viver assim me levou até a filosofia – Chidi | The Good Place

Chidi Anagonye, da série The good place, é um cara extremamente indeciso e ansioso. A vida dele não é fácil, e aqueles que convivem com seus dilemas éticos passam por processos quase torturantes.  Mesmo assim, Chidi consegue rememorar a sua vida e agradecer todas as dores e angústias que sentiu, pois foi a partir delas que ele se voltou para a Filosofia. Claro que, no exemplo, temos as características exageradas e caricaturadas, já que estamos falando de um seriado de comédia. Mesmo assim, podemos pegar esse exemplo e relacionar com a nossa realidade.  Em que ponto conseguimos transformar os nossos…

Cenas Estoicas: Como nossos pais | Memento Mori

A vida da personagem Rosa (Maria Ribeiro), no filme “Como nossos pais”, sofre uma reviravolta. Logo no início da narrativa, Clarice (Clarisse Abujamra), mãe de Rosa, conta, sem meio termo, duas notícias: de que o seu pai não é seu pai biológico e de que está morrendo de um câncer. Como na música que dá título ao filme: surge uma “nova estação” para Rosa e para todos que a rodeiam. E essa “ferida viva” terá que se transformar! Percebemos – também logo nas primeiras cenas do filme – que as personagens Rosa e Clarice não se dão bem. Há ali…

Ter paciência | Cenas Estoicas – Ataque dos Cães

O estudo e a prática diária da filosofia têm como intuito nos preparar para os momentos difíceis. São situações turbulentas que colocam à prova o nosso progresso moral.  Ter paciência nas adversidades é ter autodomínio de nossos pensamentos e emoções doentias. Ter paciência é entender o tempo de cada evento, é compreender e assimilar que nem tudo vem na velocidade que gostaríamos.  Ter paciência é aceitar a natureza de cada coisa, inclusive a dos acontecimentos e do destino. Paciência é um elemento da virtude estoica da Sabedoria Prática. É com paciência que podemos fazer escolhas, tomar decisões. São esses alguns…

“Parar de sentir emoções, para de querer senti-las é como sentir a morte” – Sense8

Na cena do seriado Sense8, Sun Bak (Bae Doona) afirma: “É isso que é a vida… medo, raiva, desejo, amor. Parar de sentir emoções, para de querer senti-las é como sentir a morte”. Faz parte do ser humano ter emoções. E faz parte da vida nos presentear com desilusões, perdas, dor, amor, felicidade. O que queremos da prática do Estoicismo é nos tornar menos suscetíveis às emoções doentias, mais propensos aos sentimentos saudáveis, mais conscientes do presente e mais resiliente.  As emoções não saudáveis eram chamadas pelos estoicos de paixões, que englobavam desejos e emoções. Ser Estoico não é não…

Como está sua mente fraca? | Wimbledon – O Jogo do Amor

O Estoicismo é hoje em dia muito usado no contexto dos esportes, e não há nada de errado nisso. A prática de um esporte pode melhorar não apenas a saúde física, mas nos treinar para sermos resilientes, humildes e determinados – isso, claro, se estivermos dispostos a encará-la como mais um meio para a aplicação da excelência. Entendendo ‘excelência’ em seu conceito grego de aretê (ἀρετή) que pode ser traduzida como “excelência de caráter”. Os estoicos clássicos falavam de atividades físicas – tanto diretamente quanto como metáforas para falar da filosofia. E nós também adoramos fazer isso! Mas uma coisa…

Às vezes você comete um erro – Wolfgang, em Sense8

Como seres humanos, e não sábios estoicos em sua perfeição, ainda erramos! Quando isso acontece, porém, temos escolhas. Não se deve deixar espaço apenas para o arrependimento e para o remorso. Esses sentimentos só trazem mais sofrimento, podendo nos deixar paralisados.  Para sair desse estado, temos a opção de aceitar o que aconteceu e – se possível – tentar de alguma maneira ajustar o nosso próprio erro. Para partir para a ação, porém, é preciso primeiro  reconhecer a falha, tendo consciência do erro e de suas consequências. É impossível tentar ajustar o que você não sabe ou não acha que…