E a esperança e a história podem rimar – Seamus Heaney

Um poema do prêmio Nobel de literatura Seamus Heaney, já citado várias vezes pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, diz: “A história diz | Não espere deste lado da sepultura | Mas então, uma vez na vida | A tão esperada onda | Da justiça pode surgir | E a esperança e a história podem rimar” “History says, Don’t hope | On this side of the grave, | But then, once in a lifetime | The longed-for tidal wave | Of justice can rise up | And hope and history rhyme.” Seamus Heaney Não é sobre apoiar políticas de…

Não conhecemos as histórias que estão por trás das ações das pessoas – Epicteto

“Não conhecemos as histórias que estão por trás das ações das pessoas e por isso precisamos ser pacientes com os outros e não os julgar, reconhecendo os limites de nossa compreensão. Isso não significa fechar os olhos a atos nocivos ou defender a ideia de que as ações diferentes têm o mesmo peso moral”. – Epicteto O benefício da dúvida O trecho de Epicteto é sobre dar o benefício da dúvida, é sobre se forçar a lembrar que as vidas das pessoas possuem camadas e histórias completamente diferentes das suas. Não é sobre você, sobre a correria da sua vida…

Não podemos buscar nosso bem maior sem necessariamente promover ao mesmo tempo o bem dos outros – Epicteto

A filosofia estoica é voltada ao bem comum, e não apenas ao indivíduo. Por isso, é fácil encontrar referências nos textos clássicos sobre irmandade, sociedade, comunidade, enfim, sobre ações voltadas ao bem comum. É claro que é preciso estar bem consigo mesmo para conseguir entregar algo ao outro, então, tudo começa em si. É importante também conhecer as suas próprias habilidades para saber de que forma você pode melhor contribuir com a humanidade.  A ideia do bem comum na visão estoica está associada à virtude da Justiça. Justiça é sobre escolher o que é certo, sobre a justa distribuição do…

As 4 virtudes estoicas

É difícil falar das virtudes que compõem a prática moderna: 1) Sabedoria (sophia), 2) Justiça (dikaiosyne), 3) Coragem (andreia) e 4) Moderação (sophrosyne), somente com definições, mas certamente podemos dar exemplos nos quais cada uma é exercida. 1) Sabedoria Viktor Frankl seguia, ou tentava seguir, diariamente (no Campo de Concentração nazista) a sabedoria de tentar discernir entre reação e resposta: “Entre estímulo e resposta, há um espaço. Nesse espaço está nosso poder de escolher nossa resposta”, ele escreveu anos depois. Segundo Ryan Holiday, os dois preceitos estoicos que devemos ensinar primeiro aos nossos filhos são a dicotomia do controle e…

O que é ter Coragem como virtude estoica?

Para os estoicos, Coragem vai além do enfrentamento dos medos!  A Coragem ou Fortitude – como virtude estoica primária – abarca um conjunto de forças de caráter em que confiamos para nos elevarmos acima de coisas que, de outra forma, poderiam nos arrastar para baixo! Agir com Coragem é realizar um compromisso com nossas vontades com o que precisa ser feito, para tratar os assuntos com confiança, para distinguir entre o que seria ou não racional temer, e até mesmo para procurar voluntariamente o que é difícil e árduo por escolha.  Afinal, devemos praticar o que nos amedronta, porque sabemos…

Quais são as 4 virtudes cardeais do Estoicismo?

Para os estoicos, as quatro virtudes cardeais são: Coragem, Temperança, Justiça e Sabedoria. As virtudes não podem ser entendidas de maneiras independentes, até porque se agirmos assim podemos perder o equilíbrio de uma delas, gerando vício e não virtude. As virtudes são interdependentes. Por exemplo, CORAGEM sem moderação é imprudência. Coragem sem justiça é arbitrariedade. Coragem sem sabedoria é estupidez. Virtudes Cardeais Sabedoria é saber distinguir o que é bom e do que é mau, virtude e vício. É o conhecimento do que deve ser feito e do que não deve ser feito. Assim, a sabedoria é a virtude aplicada…

“Tudo o que você está tentando alcançar – percorrendo o caminho mais longo – você poderia ter agora, neste momento” – Marco Aurélio

“Tudo o que você está tentando alcançar – percorrendo o caminho mais longo – você poderia ter agora, neste momento. Se pelo menos parasse de frustrar suas próprias tentativas” . Marco Aurélio, Meditações, 12. 1 Mas como parar de frustrar suas tentativas em alcançar o que se quer? O filósofo e imperador Marco Aurélio, em seu “Meditações”, indica o caminho:  “Se apenas deixasse o passado para trás, confiasse o futuro à Providência, e guiasse o presente para a reverência e a justiça”. A sentença acima pode ser esmiuçada para a nossa compreensão e prática. Assim, o primeiro passo para alcançar…

“Qualquer ação não direcionada a um fim social é uma perturbação em sua vida, um obstáculo à integridade, uma fonte de dissensão” – Marco Aurélio

Os estoicos falam repetidas vezes sobre o bem comum. Vamos pensar essa ideia de “bem comum” a partir dos conceitos de sympatheia e de oikeiosis. Somos todos um! Somos parte de uma família, de uma comunidade, de uma sociedade. Somos afins, estamos conectados. Nascemos uns para os outros. Em sendo assim, “o que prejudica a colmeia, prejudica a abelha” (Marco Aurélio). Essa é a essência do conceito Sympatheia.  Interessante que ao mesmo tempo que os estoicos são individualistas na busca por um desenvolvimento virtuoso (“seja tolerante com os outros e rígido consigo mesmo” – M.A.), há esse valor inabalável de…

“As lutas ao longo do caminho servem apenas para moldá-lo para o seu propósito” – Chadwick Boseman

Chadwick Boseman, que deu vida com carisma e intensidade ao herói do icônico filme “Pantera Negra“, dirigido por Ryan Coogler, faleceu ontem, dia 28 de agosto, após quatro anos de luta contra o câncer de cólon. Em 2018, o ator ofereceu palavras de inspiração na 150ª Cerimônia de Formatura da Howard University, da qual foi aluno. No discurso, Boseman falou sobre sua trajetória tanto na universidade como em sua carreira, destacou momentos em que teve que se posicionar em relação a papéis que interpretava personagens negros estereotipados, que não apresentavam uma narrativa complexa ou que não tinham talentos. Mas que…

“Trata-se daquilo em que acredita. E eu acredito no amor” – Mulher Maravilha

As histórias mitológicas de heróis e deuses são simbólicas para interpretarmos aspectos da humanidade. No filme “Mulher Maravilha” (2017), de Patty Jenkins, conhecemos como Diana (Gal Gadot), princesa de Themyscira, ao resgatar o piloto Steve Trevor e embarcar para o front da I Guerra Mundial, torna-se a Mulher Maravilha. Diana ao ouvir os relatos de Trevor sobre os horrores da guerra não tem dúvida de quem está por trás desses males: Ares, o deus da guerra e o principal inimigo das Amazonas. Assim, Diana Prince embarca com Trevor ao encontro da guerra. A personagem não hesita em agir com coragem…