“Seja luz nesse dia cinzento” – Emicida

Todos os dias, vamos nos deparar com pessoas “intrometidas, ingratas, arrogantes, desonestas, invejosas e ranzinzas”, como escreveu Marco Aurélio, em suas Meditações. Mesmo assim, devemos encontrar a serenidade para não ceder à raiva e à maldade. “Eles são assim porque não conseguem distinguir o bem do mal”, continua o imperador. Nós devemos saber essa diferença, devemos distinguir a “beleza da bondade e a feiura da maldade” e lembrar que, mesmo os que fazem mal, compartilham conosco a mesma humanidade.

“E, assim, ninguém pode me ferir. Ninguém pode me envolver na feiura da maldade. Nem posso sentir raiva dos meus semelhantes, ou odiá-los”.

– Marco Aurélio, Meditações, 2.1

Só com o controle dos pensamentos e com uma opção consciente pela serenidade, é que podemos alcançar essa proteção em relação a sentimentos degradantes como a raiva ou a impaciência.

“O indício mais seguro de uma vida superior é a serenidade. O progresso moral resulta do fato de você se ver livre do tumulto interior. Você deixa de se impacientar com cada coisa que acontece”.

Epicteto

Para o filósofo, você deve executar um “programa de autodomínio”, iniciando com pequenas coisas que te incomodam e mantendo a serenidade.

E para finalizar, trazemos as palavras de Emicida na música Pequenas alegrias da vida adulta:

“Cale tudo que o mundo fale e pense

E o quanto vida vale

Seja luz nesse dia cinzento”.

Referência:

Meditações, de Marco Aurélio

Meditations, de Marcus Aurelius

A arte de viver, de Epicteto, tradução de Sharon Lebell

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