“Não é uma fraqueza. Foi um presente. Saber prosseguir” – Mad Men
Betty Draper/Francis (January Jones) é a reconhecidamente linda mulher do seriado Mad Men que foi criada para relacionar o seu visual à conquista de sua vida, e essa era basicamente ser uma bela dona de casa. Betty é esposa (e depois ex-esposa) do personagem principal Don Draper (Jon Hamm) e mãe de seus três filhos. Mad Men é um seriado sobre os anos 1960-70, e os homens – e algumas mulheres – da publicidade da época.
Betty em suas funções de mãe, dona de casa e esposa, está sempre em busca de preencher um vazio que não se permite sentir. É cobrada culturalmente a seguir uma vida que não a satisfaz, conseguindo fazer apenas pequenas rupturas. Não consegue passar aos filhos afeto, talvez por nunca ter aprendido como fazer isso.
Enfim, quando ela parece ter se encontrado, voltado a estudar, o seu fim se aproxima. E nesta hora, Betty decide morrer nos seus próprios termos. Sem dramas, seguindo o curso da vida.
A conversa com a filha Sally (Kiernan Shipka), que tanto se rebelou e ao mesmo tempo buscou o amor e a compreensão da mãe, é sobre aceitação e uma maturidade que vem para ela com o enfrentamento de sua mortalidade. Betty está mostrando o seu lado mais humano.
“Lutei muito na minha vida. Sei que é o fim. Não é uma fraqueza. Foi um presente. Saber prosseguir”, fala Betty para Sally.
Que não esperemos para nos depararmos com o fim (que pode estar longe ou perto) para sermos o mais humano possível. Não esperemos mais nenhum dia sequer para sermos gentis, principalmente com quem está próximo de nós.
“Dê-me coragem para enfrentar dificuldades; me acalme em face do inevitável. Amplie os estreitos limites de tempo que me é atribuído. Mostre-me que o bem na vida não depende do comprimento da vida, mas do uso que fazemos dela”- Sêneca.
Leve esse conselho de Sêneca para você, e aja a partir desse conselho com as outras pessoas.
Referência:
“Sobre a brevidade da vida”, carta 49, Cartas de um estoico, volume I