“Prove suas palavras por suas ações” – Sêneca
Suas palavras e suas ações devem estar alinhadas, seguindo o mesmo propósito. “Prove suas palavras em seus atos“, afirma Sêneca em sua Carta 20 a Lucílio, “Sobre praticar o que se prega” (“On practicing what you preach“). O que se quer com isso? Ter controle sobre sua mente e não se perder em ações que não acrescentam em nada aos seus verdadeiros intuitos (ou mesmo que podem fazer você desviar-se deles).
“Não digo que o filósofo possa sempre manter o mesmo ritmo. Mas ele sempre pode seguir o mesmo caminho”- Sêneca.
Há uma base comum para nós interessados no Estoicismo: a virtude. Partindo daí, assuma o seu propósito e deixe que todas os seus questionamentos sejam respondidos com essa premissa em mente. Assim, você poderá encontrar uma harmonia entre suas palavras e atividades, o que gera uma mente tranquila.
Você não será perfeito, como um sábio estoico, que mesmo esse falava-se que só nascia um a cada 500 anos, como a Fênix. Somos humanos, imperfeitos, e devemos aceitar isso. Aceitar, porém, não é ser condescendente com nós mesmos. Aceitar deve nos fazer ainda mais atentos aos nossos desejos e paixões negativas e infundadas. Deve nos tornar vigilantes para esse constante ajuste de rota entre o propósito de nossa vida e os nossos atos.
Sabedoria
Esse alinhamento é, como Sêneca expõe nesta carta, um indício de sabedoria:
“isto, eu digo, é o mais alto dever e a mais alta prova de sabedoria, – que ações e palavras estejam em acordo, que um homem deve ser sempre o mesmo sob todas as condições”.
Em um outro momento da mesma carta, o estoico reforça o conceito de sabedoria:
“O que é sabedoria? Sempre desejar as mesmas coisas, e sempre recusar as mesmas coisas”.
Porém, não se engane, o que você deseja e o que você evita, para que a definição faça sentido, deve ter esse alinhamento com o que é virtude e o que é vício, respectivamente. “Nenhum homem pode sempre estar satisfeito com a mesma coisa, a menos que seja a coisa certa”, acrescenta o filósofo.
É correto? É virtuoso? É necessário? Segue o seu propósito?
Então, faça.
Referências:
Cartas de um estoico, Volume I