“Trata-se daquilo em que acredita. E eu acredito no amor” – Mulher Maravilha
As histórias mitológicas de heróis e deuses são simbólicas para interpretarmos aspectos da humanidade. No filme “Mulher Maravilha” (2017), de Patty Jenkins, conhecemos como Diana (Gal Gadot), princesa de Themyscira, ao resgatar o piloto Steve Trevor e embarcar para o front da I Guerra Mundial, torna-se a Mulher Maravilha.
Diana ao ouvir os relatos de Trevor sobre os horrores da guerra não tem dúvida de quem está por trás desses males: Ares, o deus da guerra e o principal inimigo das Amazonas. Assim, Diana Prince embarca com Trevor ao encontro da guerra. A personagem não hesita em agir com coragem e seguir seu rumo para defender a humanidade. Ela sabe que é o que ela deve fazer.
Assim, o filme é sobre Diana tornar-se a Mulher Maravilha, ou seja, tornar-se quem se é, quem se deve ser, revelando no processo a sua força, sua coragem, seu compromisso com a justiça e sua empatia com a humanidade.
Ao encontrar Ares, o deus da guerra fala para ela que na verdade ele só “suspira ideias”, mas são os homens que por vontade própria embarcam em guerras, produções de armas e outras maldades: “Eles sempre foram e sempre serão fracos, cruéis, egoístas e capazes dos maiores horrores”. A afirmação não está errada. O bem e o mal fazem parte da humanidade.
“O mal: a mesma coisa. Não importa o que aconteça, tenha isso em mente: é a mesma coisa, de um extremo ao outro do mundo. Ele preenche os livros de história, antigos e modernos, e as cidades e também as casas. Nada de novo. Familiar. Transitório” – Marco Aurélio, Meditações,7. 1.
Mas nós devemos, assim, como a Mulher Maravilha, não ceder à maldade. Como bem colocou o imperador estoico: “A melhor vingança é não ser como eles” – Marco Aurélio, Meditações, 6. 6. Assim, a heroína da história continua apostando na bondade e no seu senso de fazer a coisa certa.
No fim, a Mulher Maravilha fala para Ares: “Engana-se em relação a eles. Eles são tudo o que você diz, mas muito mais”. O que o deus da guerra contrapõe que eles não merecem a proteção de Diana, mas ela afirma que não é sobre merecer.
“Trata-se daquilo em que acredita. E eu acredito no amor”.
O filme “Mulher Maravilha”, de Patty Jenkins, entrou no catálogo da Netflix.