“O medo odeia resultados incertos” – Elizabeth Gilbert

“O medo sempre será despertado pela criatividade, pois ela lhe pede que entre em áreas de resultados incertos, e o medo odeia resultados incertos”.

Elizabeth Gilbert

Coragem não é o oposto e nem mesmo a ausência de medo. Sentir medo pode ser um impulso natural e, vale dizer, pode até nos ajudar a nos proteger de alguns perigos. Medo sem coragem ou sem enfrentamento, porém, é paralisante. O medo que nos trava pode transformar, inclusive, virtudes em vícios. Sem coragem, não há progresso, pois nunca teremos a determinação de ir ao encontro do desconhecido.

A escritora Elizabeth Gilbert teve que aprender a conviver com o medo, sentimento que sempre a acompanhou, para seguir o seu processo de vida e escrita criativa. Decidiu aprender a colocar o medo não como uma barreira, mas como uma parte do seu processo. Ela transformou o obstáculo no caminho. Ela olhou para dentro e desvendou o processo de sua escrita, identificou os seus estágios e as formas de superação de cada etapa.

“Após anos de trabalho e dedicação, contudo, descobri que, se continuasse com o processo e não entrasse em pânico, podia superar com segurança cada estágio de ansiedade e passar para o nível seguinte. Tentava me encorajar com lembretes de que esses medos eram reações humanas completamente naturais à interação com o desconhecido” .

Elizabeth Gilbert.

Para ser a escritora que queria ser, Liz Gilbert teve que entender o momento da chegada do medo – e mais ainda – descobrir que isso não deveria estancar o seu processo, mas que um passo após esse estágio estaria o resultado do seu trabalho. 

“Tudo que você precisa fazer é avançar; compreenderá que algumas coisas são menos temíveis, precisamente porque elas nos estimulam com grande medo” .

Sêneca

Não acredito que devemos simplesmente “fingir até conseguir”, devemos sim realizar (seja a escrita ou qualquer outro ofício) e a partir desse processo ganhar confiança no nosso trabalho. A ação acalma. Não podemos  é travar ou paralisar. Devemos dar um passo em frente, por mais que pareça pequeno no momento. Devemos saber a direção, identificar o medo e seguir adiante mesmo assim.

“Qualquer que seja o problema, meça-o em sua própria mente, e estime a quantidade de seu medo. Você compreenderá assim que o que você teme é insignificante ou de curta duração” .

Sêneca
Referências:

Grande Magia: Vida criativa sem medo, de Elizabeth Gilbert

Cartas de um estoico, Volume I, de Sêneca

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *