“A razão não é um fim, mas um instrumento indispensável” – Epicteto

“Nenhum homem deve glorificar-se, exceto daquilo que é seu”

Sêneca 

O que é seu? O que está sob o seu controle? Casa, grana, carro e salário são coisas externas. Esses elementos podem ser considerados como “indiferentes preferíveis”, como dizem os estoicos. São questões externas!

“Em uma videira, a virtude peculiarmente própria é a fertilidade; no homem também devemos louvar o que é seu próprio” .

Sêneca 

O que é seu é a sua capacidade de raciocinar, “porque o homem é um animal racional”. Assim, para Sêneca, não devemos nos orgulhar de coisas que são externas a nós, mas valorizar a qualidade que não pode ser tirada de nós, o que nos é peculiar, o que fomos projetados para ter!

“Mas isso se tornou uma tarefa difícil pela loucura geral da humanidade; nós empurramos um ao outro para o vício. E como um homem pode ser chamado de volta para a salvação, quando ele não tem ninguém para contê-lo, e toda a humanidade para incentivá-lo?” .

Sêneca 

Epicteto, apesar de alertar que a racionalidade não é tudo, também traz a razão como característica suprema do ser humano. “Nossa razão é a melhor faculdade de que dispomos para salvaguardar nossa integridade”. O filósofo estoico acrescenta um elemento muito interessante para compreendermos essa ideia da razão para o Estoicismo:

“a razão não é um fim, mas um instrumento indispensável”.

A razão assim nos leva a pensar de forma clara, ela está sob nosso controle e é o nosso instrumento indispensável para a tomada de decisões corretas. Não deixe as paixões/vícios (suas e da humanidade) tirarem seu foco e fazerem você perder a razão.

Referências:

A arte de viver, de Epicteto, tradução de Sharon Lebell

Cartas de um estoico, Volume I, Carta 41, de Sêneca

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