Viver a mais bela vida: o poder de vivê-la está na alma; basta que se mantenha indiferente às coisas indiferentes.

Marco Aurélio, Meditações, 11.16

Você sabe o que significa ser indiferente para os estoicos?

Não há aqui o significado de simplesmente “não ligar para nada”. Isso iria mais ao encontro do niilismo – o que não condiz com a filosofia estoica.

Para entender o que é “indiferente estoico” é preciso saber o que é considerado bom e o que é considerado mau.

O bom é a virtude. O mau, o vício. Todo o resto deve ser considerado indiferente.

Ou seja, se você vive com Coragem, Justiça, Temperança e Sabedoria Prática, você vive uma vida boa, mesmo em condições adversas! 

Ser verdadeiro é uma virtude. Ser falso, um vício. A opinião das outras pessoas sobre se você é verdadeiro ou falso é indiferente! 

É possível perceber que o que é indiferente está fora do seu controle?

Sim, a escolha entre a virtude e o vício está em nosso poder. O que está fora do nosso controle não entra nessa equação entre o que é certo ou errado.

Está na nossa mente, na nossa alma, decidir (e trabalhar para que isso vire algo natural) lidar com o que não está sob nosso controle como indiferente.

Saúde ou doença, riqueza ou pobreza, companhia ou solidão são indiferentes para que decidamos viver uma vida virtuosa. 

No máximo, podemos classificar esses pontos como indiferentes preferíveis e não-preferíveis, mas aí já entramos em outra história…

Referências:

Meditações, de Marco Aurélio

Meditations, de Marcus Aurelius

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *