Hipátia foi uma sábia que mantinha grande proximidade com seus discípulos e que propagava profunda reverência pela atividade filosófica com sua “voz doce” e “palavras oraculares”. Suas aulas eram públicas e contavam com a presença de alunos cristãos e pagãos, sendo ela mesma pagã (“paganismo” é uma forma generalizante de se referir às religiões politeístas provindas do contexto greco-romano, em oposição ao cristianismo monoteísta). Hipátia caminhava pela cidade e explicava as teorias platônicas, aristotélicas, pitagóricas e as de outros filósofos a qualquer um que estivesse disposto a ouvi-las.
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À luz do feminismo do século XXI, enxergamos, no caso de Hipátia, uma situação de apagamento da voz de uma mulher que incomodou e que foi obrigada a se calar.
– Natasha Hennemann e Fabiana Lessa
Filósofas: O legado das mulheres na história do pensamento mundial