Amar, então, está apenas no poder dos sábios – Epicteto
É importante levar em consideração o alinhamento de princípios filosóficos quando pensamos em relacionamentos. Mais do que um rótulo de estoico ou estoica, é sobre pensar em afinidade de valores! Além disso, um relacionamento não pode ser avaliado como um bem por si só. O que deve ser levado em consideração é a forma como as pessoas envolvidas tratam uma a outra, e como lidam com suas próprias questões em meio ao envolvimento amoroso.
Há espaço para o desenvolvimento de suas virtudes em sua relação?
Uma das quatro virtudes cardeais do Estoicismo é a Sabedoria Prática ou Prudência (sendo as outras a Justiça, a Temperança e a Coragem). Todas essas virtudes estão associadas ao conhecimento aplicado às nossas ações. A Sabedoria Prática, porém, está diretamente ligada ao entendimento do que é bom, ruim e indiferente na vida.
Assim, é preciso ter sabedoria para identificar em qual dessas categorias um relacionamento se encaixa em sua vida.
Amar é uma tarefa para os sábios!
“Quem então compreende o que é bom, também pode saber amar; mas aquele que não pode distinguir o bem do mal, e as coisas que não são boas nem más de ambos, pode possuir o poder de amar? Amar, então, está apenas no poder dos sábios”.
– Epicteto, Discursos, 22.
Para alcançar essa sabedoria da distinção entre o bom, o ruim e o indiferente, porém, é preciso amar o conhecimento (relação direta com o significado da palavra Filosofia). Quando falamos de relacionamentos, então, pensamos no conhecimento de si mesmo e do outro.
Nessa busca de entendimento como uma direção, seguindo em frente mesmo com as pedras no caminho, sem ceder ao vício da ignorância. Não é fácil apostar no conhecimento de si mesmo e do outro. Mas é o caminho que a filosofia nos guia. Um relacionamento deve ser um ambiente propício para o crescimento de cada pessoa! Se você parou de se desenvolver por causa de um relacionamento, há algo errado ali.
“Tente aperfeiçoar-se, se não por outra razão, para que você possa aprender como amar”
– Sêneca, Carta 35, Sobre a Amizade entre Mentes Semelhantes