Como é que faço para sair daqui? – Isso depende muito de para onde você pretende ir
– Você poderia me dizer, por gentileza, como é que faço para sair daqui?
Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll
– Isso depende muito de para onde você pretende ir – disse o Gato.
– Para mim tanto faz para onde quer que seja… – respondeu Alice.
– Então, pouco importa o caminho que você tome – disse o Gato.
A direção importa
“Devemos determinar, por isso, em primeiro lugar, o que desejamos e, em seguida, por onde podemos avançar mais rapidamente nesse sentido. Dessa forma, veremos ao longo do percurso, sendo este o adequado, o quanto nos adiantamos cada dia e o quanto nos aproximamos de nosso objetivo. No entanto, se perambularmos daqui para lá sem seguir outro guia senão os rumores e os chamados discordantes que nos levam a vários lugares, nossa curta vida se consumirá em erros, ainda que trabalhemos dia e noite para melhorar o nosso espírito”.
– Sêneca
As palavras de Sêneca, que me remeteram ao diálogo de Alice e do Gato, ecoaram forte! Não há que apenas seguir, buscar conhecimento, “ser melhor”; há que se ter uma direção, um rumo, “sem seguir ovelhas no rebanho” (acrescenta Sêneca). Devemos entender que a nossa história não é uma “imitação” de outra pessoa.
No nosso ritmo.
No nosso mapa.
Tracemos o destino e tapemos os ouvidos para os chamados discordantes.
Referências:
“Da felicidade”, em Da tranquilidade da alma, de Sêneca