“Não se deve falar com um homem a menos que ele esteja disposto a ouvir” – Sêneca

Quantas vezes, quando nos encantamos por um novo conhecimento, queremos que os nossos amigos e conhecidos entrem no nosso mesmo barco e compartilhem do nosso interesse.

Os estoicos, que carregam esse nome por na sua origem debaterem a sua filosofia nos pórticos, que eram espaços abertos, falam repetidamente sobre o compartilhamento de conhecimento, sobre ajudar ao próximo e sobre se colocar como um ser cosmopolita, que faz parte de uma sociedade e assim deve trabalhar para o seu bem.

Há, porém, limites para esse compartilhamento. Até para evitar frustrações nossas. Há que se ter compreensão com quem não quer dividir o que falamos. 

“Aquilo que é eficaz por acaso não é uma arte. Ora, a sabedoria é uma arte; ela deve ter um objetivo definido, escolhendo apenas aqueles que farão progresso, mas se afastando daqueles a quem considera incorrigível, mas não os abandonando prematuramente, e apenas quando o caso se mostra sem solução mesmo após tentado remédios drásticos”.

Sêneca

Há que se ter, também, humildade para não se colocar como “o” sábio. Estamos desbravando e buscando progresso, sabendo que nunca alcançaremos a perfeição. 

Nos alegramos, porém, em saber que continuamos caminhando, abandonando o mundo das ilusões, dos sentimentos ruins e buscando sabedoria e excelência.

Referência:

Cartas de um estoico, Volume I, Carta 29, de Sêneca


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