A passividade não é uma forma de evitar riscos, mas de intensificá-los – Epicteto

Foto de Itay Kabalo na Unsplash

Um dos mais belos ensinamentos dos estoicos é o amor ao destino: Amor Fati. A ideia de aceitar e abraçar os acontecimentos e de amar o Acaso é potente e, muitas vezes, difícil de assimilar. Além disso, ela pode ser mal interpretada como uma resignação cega ou como passividade diante do mundo – o que está longe de ser o conceito trabalhado pelos estoicos.

A ideia de Amor Fati deve ser compreendida e exercitada a partir da ação! Ação de escolher aceitar o destino, mas também de buscar formas e soluções de ser uma pessoa melhor exatamente por causa desses acontecimentos. Muitas vezes, paralisamos diante de eventos externos, mas a ação pode nos tirar desse sentimento de aflição. E não estou falando aqui de uma exigência da tal produtividade stricto sensu do trabalho ou dos afazeres de casa, mas de fazer valer a sua vida, fazer valer as horas do seu dia, transformar o seu tempo em algo proveitoso, pois, afinal, esse tempo é finito.

Assim, é preciso agir!

É preciso treinar para fazer as escolhas certas e para ser uma pessoa boa, não importa o que aconteça. Essa é a ação, essa é a produtividade de que estou falando aqui.

“A melhor preparação para o futuro consiste em formar bons hábitos pessoais. Isso você faz buscando ativamente o bem em todos os aspectos de sua vida diária e analisando sempre suas motivações para ter certeza de que estão livres dos obstáculos causados pelo medo, pela ganância e pela preguiça. Agindo assim, você não fica à mercê dos acontecimentos externos”

Epicteto

Referências:

A arte de viver, de Epicteto, tradução de Sharon Lebell

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