Não há que se negar que o cenário é gravíssimo, com consequências sociais e econômicas em amplitude mundial. Sentimos medo da doença em si, do que pode acontecer com as pessoas mais vulneráveis, de perder aquelas que amamos, do impacto econômico com o fechamento de empresas e demissão de empregados, do isolamento e da solidão etc. Como então manter uma mente tranquila nesse momento? Seja estoico. 1) Informe-se, mas não se afogue nas notícias: Acompanhar tudo o que recebe do WhatsApp, Twitter, Instagram e das outras redes sociais, pode levar ao sobrecarregamento mental, sem contar que você pode acabar assimilando…
Mesmo quando se considera a possibilidade de epidemia em ascensão exponencial, o risco individual é baixíssimo, muito mais baixo que outras mazelas como acidente de carro, outras gripes ou ficar com raiva patológica de presidente sem neurônios. Mas ficar descrente e não se preocupar com a gravidade da situação (uma preocupação racional e medida) é contribuir para a possível disseminação do vírus e aumentar o risco sistêmico. O escritor Wyatt Brown nos diz: “os estoicos reconheceram a irmandade do homem. A maior virtude é ajudar os outros por si e pela paz de espírito… Justiça, bondade de coração, dever, coragem…
Temos agora uma oportunidade: a revisão do que é importante para nós. “Isto é necessário?”, questiona Marco Aurélio. Como um mantra, a frase tem ecoado em mim mais do que nunca. Que coisas possuo ou desejo são de fato necessárias? Que pessoas são essenciais no meu convívio? Que ações, escolhas, caminhos devo de fato tomar? É necessário, é virtuoso, é para o bem pessoal e coletivo? (Podemos acrescentar). Ações devem ser consequências de pensamentos conscientes. “Temos que eliminar premissas desnecessárias da mesma forma. Para eliminar as desnecessárias ações que as seguem”. – Marco Aurélio Esse tipo de questionamento permeava todas…
“Você pode deixar a vida agora. Deixe isso determinar o que você faz, diz e pensa” . Marco Aurélio, Meditações 2.11 Em tempos de pandemia, essa frase é mais atual do que nunca. Traz um senso de urgência. Não de sair por ai gastando tudo que tem, mas de usar o seu tempo (maior bem) da melhor forma possível. Não sabemos se morreremos de acidente, ou esperando uma UTI, mas sabemos que esse dia virá. Vivemos a melhor época que nossa espécie já viveu. Nossas crianças quase nunca morrem, nossos pais e avós vivem até depois dos 90. Temos supercomputadores…