“A razão não é um fim, mas um instrumento indispensável” – Epicteto

“Nenhum homem deve glorificar-se, exceto daquilo que é seu” Sêneca  O que é seu? O que está sob o seu controle? Casa, grana, carro e salário são coisas externas. Esses elementos podem ser considerados como “indiferentes preferíveis”, como dizem os estoicos. São questões externas! “Em uma videira, a virtude peculiarmente própria é a fertilidade; no homem também devemos louvar o que é seu próprio” . Sêneca  O que é seu é a sua capacidade de raciocinar, “porque o homem é um animal racional”. Assim, para Sêneca, não devemos nos orgulhar de coisas que são externas a nós, mas valorizar a…

“Seja franco frente às suas feridas, e assim terá uma imagem correta do remédio necessário” – Clarissa Pinkola Estés

Para saber qual o remédio certo, é preciso antes identificar a real ferida. E se falamos aqui de filosofia, quais as possíveis enfermidades? Ego exacerbado? Mania de comparação com outros? Preguiça ou tendências à procrastinação? Autodepreciação ou síndrome da impostora? Inveja? Falta de moderação? Poderíamos continuar! A questão é: identifique as feridas da sua mente. Não tenha medo de olhá-las de frente. Não esconda de si mesmo. Trazer à consciência é o primeira passo para a cura.  “Por que nos enganamos? O mal que nos aflige não é externo, está dentro de nós, situado em nossos próprios entraves; por isso…

“Não há mal que não ofereça incentivos” – Sêneca

Na carta 69 a Lucílio, “Sobre estar quieto e inquietações”, Sêneca fala sobre o cuidado que se deve ter com seus “anseios antigos”, como os vícios, desejos e até paixões amorosas. Afinal, “as emoções logo retornam ao ataque”, alerta Sêneca. Manter afastados os vícios é tão importante quanto manter as virtudes em desenvolvimento. Os primeiros estão sempre prontos a te convencer de suas recompensas. “Não há mal que não ofereça incentivos”, mais uma vez pontua o filósofo. Parece que essa “velha vida” está sempre à espreita. “Dê a seus olhos tempo para desaprender o que eles viram, e seus ouvidos…

“O aperfeiçoamento humano é um esforço gradual” – Epicteto

Para alguns, os ensinamentos da filosofia estoica vem de forma mais natural, para outros, a luta interna é mais pesada. E tudo bem. Como disse Ryan Holiday: “nós admiramos os que se esforçam duramente”. “Lutamos contra nossos impulsos. Lutamos para realmente internalizar esses ensinamentos. Lutamos para administrar nossos temperamentos ou a inveja que surge do nada e invade nossas almas, e depois pelas nossas mãos e bocas, como ações que desejamos poder desfazer. Seria bom se não tivéssemos que lutar tanto, mas o fazemos”. Sêneca inclusive chegou a dizer que eram essas pessoas que ele admirava – “aquele que conquistou…