MANTENHA-SE VIGILANTE

“Se você não mantém vigilância ao que acontece com sua própria alma, como pode não ser infeliz?”

Marco Aurélio

O imperador Marco Aurélio (121-180 D.C) escreveu suas “meditações“, provavelmente no final da década de 170, para ele mesmo, para se manter atento; como um manual pessoal de virtudes a serem seguidas e postas em cheque diariamente. A própria filosofia, na época de Marco Aurélio, tinha outra importância, servia tanto para indagar as questões morais, mas também como um “design para a vida” – “um conjunto de regras para viver a vida”- Gregory Hays.

Assim, o imperador destila seus aprendizados/ensinamentos, e há muito o que se desfrutar desses 12 livros que compõem “Meditações”.

Vamos refletir hoje sobre esse trecho:

“Ignorar o que se passa na alma de outras pessoas – ninguém nunca se lamentou por isso. Mas se você não mantém vigilância ao que acontece com sua própria alma, como pode não ser infeliz?”

Trazemos assim a ideia de prestar atenção aos seus sentimentos/pensamentos (a sua “alma”) – ao mesmo tempo em que se deve ignorar o que outras pessoas possam pensar. Entendemos aqui esse segundo ponto no sentido de julgamentos ou críticas alheias (fora do nosso controle) e não no sentido de indiferença aos sentimentos das outras pessoas, já que o estoicismo se afirma veementemente como uma filosofia voltada ao bem comum.

Referência:

Meditações, de Marco Aurélio

Meditations, de Marcus Aurelius

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