“Reconhecer que não viveremos para sempre muda nossa perspectiva em relação à vida de forma positiva”- Laura Carstensen

Laura Carstensen é professora de políticas públicas e de psicologia nas universidades de Fairleigh S. Dickinson e Stanford respectivamente. Em Stanford, também é fundadora e diretora do centro de estudos sobre longevidade e uma das principais pesquisadoras sobre qualidade de vida/vida ativa na velhice (life-span).

Em sua palestra no TED, “Older people are happier”, a pesquisadora fala sobre o aumento da expectativa de vida, diminuição da taxa de fecundidade e sobre os efeitos dessas duas questões na nossa cultura. Ela quebra o preconceito de que a velhice seria necessariamente uma “descida ladeira abaixo”.

“Envelhecer traz, na verdade, melhorias notáveis: aumento do conhecimento, de ‘expertise’, e aspectos emocionais da vida também melhoram”, afirma a professora.

Mesmo com os paradoxos da idade, afinal, nem tudo são flores no envelhecimento (doenças, pobreza, perda de status social), estudos comprovam que os níveis de estresse, preocupação e raiva diminuem. Há também outros pontos destacados por Carstensen em seus estudos:

  • “Emoções mistas”, mas uma maior aceitação da tristeza;
  • Compreensão de injustiças com compaixão, mas sem desespero; e
  • Direcionamento dos recursos cognitivos (como atenção e memória) para as informações mais positivas do que as negativas.

Nós, de todas as idades, podemos aprender lições importantes com o estudo de Laura.

Com a consciência que não se tem mais “todo o tempo do mundo” (prática estoica do memento mori – seja em que idade) as pessoas tendem a:

  • Verem as prioridades de forma mais clara, apegando-se menos a assuntos triviais;
  • Saborearem a vida;
  • Serem mais gratas e mais abertas a reconciliações; e
  • Investirem em partes mais emocionalmente importantes da vida.

E, assim, a vida melhora! E não precisa ser só com a idade avançada…

Reconhecer que não viveremos

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