“A vida é muito curta para sentar e ficar remoendo mágoa” – Kobe Bryant
– Qual a sua relação com a morte?
– “Confortável”, respondeu Kobe Bryant.
Com a morte de um ídolo, sempre nos deparamos com o tema da brevidade da vida, principalmente quando é alguém jovem e a morte, inesperada. Após afirmar estar confortável com a morte, Kobe ainda disse:
“Você não pode ter vida sem morte. Não pode ter luz sem a escuridão. Então é uma aceitação disso tudo. Quando chegou a hora de decidir se eu deveria ou não me aposentar, [foi] realmente uma aceitação dessa mortalidade que todos os atletas enfrentam. E se você combatê-la, sempre terá essa luta interior dentro de si”.
O estoicismo nos remete ao Memento Mori, que já discutimos em outros textos.
Sêneca simplifica o pensamento de aceitação quando compara a morte com a época anterior ao nosso nascimento:
“A morte é inexistência, e eu já sei o que isso significa. O que estava diante de mim acontecerá novamente depois de mim. Se houver algum sofrimento neste estado, deve ter havido esse sofrimento também no passado, antes de entrarmos na luz do dia”.
Em outro momento, Kobe Bryant também afirmou: “A vida é muito curta para sentar e ficar remoendo mágoas; não faz sentido”. Finalizamos com Caio Musônio Rufo, filósofo estoico do primeiro século da Era Comum: “Escolha morrer bem enquanto puder; espere demais e pode ser impossível fazê-lo”.