“Em dias tempestuosos ou ensolarados, em noites gloriosas ou solitárias, mantenho uma atitude de gratidão” – Maya Angelou

Trarei Maya Angelou muitas vezes ainda. Sua escrita e sua história são lições poéticas de como encarar a vida, são ensinamentos sobre a arte de viver. E isso é filosofia. Filosofia não é apenas o amor à sabedoria, mas a busca pelo bem viver, de forma equânime. Se há um aprendizado que pode nos ajudar nessa busca do bem viver é assumir uma atitude de gratidão.

Agradecer o que acontece e ter uma postura de encantamento com a vida ajuda a acertar nossa rota. Não é reclamando que conseguiremos ter forças para mudar algo. Não é se odiando que vamos nos desenvolver. Não é nos envenenando com mágoa e rancor que vamos conseguir produzir algo de bom nessa vida.

Essa atitude de gratidão pela vida, tem que servir nos dias ensolarados, mas também nos dias de tempestade. É isso que Angelou traz de forma tão bela:

“O navio da minha vida pode ou não estar navegando por mares calmos e tranquilos. O dias desafiadores da minha existência podem ou não ser brilhantes e promissores. Em dias tempestuosos ou ensolarados, em noites gloriosas ou solitárias, mantenho uma atitude de gratidão”.

Sêneca apresenta o sentido de gratidão com as outras pessoas. Mas nos alerta que mesmo nesse sentido a gratidão é um benefício para nós mesmos. Uma atitude que carrega a sua recompensa em si, na própria realização.

“Devemos tentar por todos os meios ser o mais grato possível. Pois a gratidão é uma coisa boa para nós mesmos, num sentido em que a justiça, que comumente se supõe diz respeito a outras pessoas, não o é; a gratidão retorna em grande medida a si mesma. Não há um homem que, quando tenha beneficiado o seu próximo, não se tenha beneficiado (…) a recompensa por todas as virtudes está nas próprias virtudes. Pois elas não são praticadas com vista a recompensa; o salário de uma boa ação é tê-la executado”.

Gratidão

Maya Angelou aprendeu a utilizar essa atitude de gratidão em um momento muito difícil de sua vida, trabalhando muito e com medo da dificuldade de “criar um menino negro para ser feliz, responsável e liberal em uma sociedade racista”. Ela, após pensamentos suicidas, resolve procurar seu mentor, seu professor de voz. Ele a entrega um bloco de papel e uma caneta e pede que ela escreva todas as suas bênçãos.

“Obedeci às ordens de Wilkie e, quando cheguei à última linha da primeira página do bloco, o agente da loucura estava completamente derrotado”.

Se os dias são de tempestade, pegue a caneta e o papel e faça com Maya. Sinta-se, assim, abençoada.

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Photo by Simon Maage on Unsplash

Referências:

Carta a minha filha, de Maya Angelou

Cartas de um estoico, Volume II

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