Quem tem um amigo, tem tudo

“A amizade produz entre nós uma parceria em todos os nossos interesses” .

Sêneca

Na carta 48 para Lucílio, Sêneca fala sobre o sentido de comunidade e sobre a relação de amizade a ser levada pelos estoicos. Há inclusive uma explicação nas notas de rodapé sobre os termos “amigo” e “homem” que, como colocado, para os estoicos, “são co-extensivos, pois ele é o amigo de todos, e seu motivo de amizade é ser útil; Já o Epicurista, no entanto, restringe a definição de ‘amigo’ e considera-o meramente como um instrumento para sua própria felicidade”.

É neste sentido que Sêneca afirma:

“Não há tal coisa como boa ou má fortuna para um de nós; nós vivemos em comum. E ninguém pode viver feliz se só pensa em si próprio e transforma tudo em questão de sua própria utilidade; você deve viver para o seu vizinho, se você quiser viver para si mesmo”.

São assim reforçados os laços de comunidade. E os de amizade são colocados como um nível mais forte e íntimo.

Sobre amizade e sobre ter amigos, finalizamos com os versos de Emicida, da música “Quem tem um amigo (tem tudo)”:

“Cheio de luz e inspiração rompendo a escuridão
Quem divide o que tem é que vive pra sempre
E a gente humildemente lembra no refrão
Assim, ó
Quem tem um amigo tem tudo
Se o poço devorar, ele busca no fundo
É tão dez que junto todo stress é miúdo
É um ponto pra escorar quando foi absurdo”.

Referência:

Cartas de um estoico, Volume I, de Sêneca

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