E sem a sua honra, se morre, se mata – Gonzaguinha
“O homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho
E sem o seu trabalho
– Gonzaguinha
Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata”
A filosofia estoica propõe que o bem supremo é a virtude, que consiste em viver de acordo com a razão e em conformidade com a natureza. A honra e a dignidade são consideradas virtudes essenciais no Estoicismo, alinhando-se com a mensagem de Gonzaguinha.
Gonzaguinha é um gênio da poesia.
Ele começa essa icônica música falando que Homem também Chora, em clara afirmação contra o machismo que homens não devem mostrar sentimentos.
Existe uma falsa percepção que estoicos devem reprimir emoções. Eles promovem o cultivo do autodomínio e da sabedoria emocional, mas não da repressão das emoções. Os estoicos reconhecem a naturalidade das emoções humanas, porém, enfatizam a importância de não serem dominados por elas.
A letra de Gonzaguinha e os princípios do Estoicismo compartilham uma perspectiva sobre a importância do trabalho, da honra e da virtude na vida humana, enfatizam a necessidade de cultivar uma força interior que permita enfrentar os desafios da vida com dignidade, independente das circunstâncias externas.
Em todos os momentos, enquanto ser humano e cidadão, pensa com firmeza em realizar a tarefa em tuas mãos com dignidade simples e perfeita, um sentimento de afeto, liberdade e justiça. Liberta-te de todos os outros pensamentos. Serás liberado se fizeres cada ato de tua vida como se fosse o último, deixando de lado todo o descuido e a repulsa veemente aos comandos da razão, assim como toda hipocrisia, amor-próprio e descontentamento com o quinhão que te coube. Vê como são poucas as coisas a que um indivíduo pode se agarrar se quer ser capaz de levar uma vida que flui na tranquilidade, semelhante à existência divina. Pois os deuses, de sua parte, não exigirão nada mais daquele que observa tais princípios.
– Marco Aurélio, Meditações 2.5