Se alguém conseguir provocar você, perceba que sua mente é cúmplice na provocação – Epicteto
O que Epicteto fala é sobre o poder que você tem em reagir de forma sábia às provocações. Não é fácil e esse exercício é algo que devemos buscar diariamente. Qualquer reação que você tenha, você é inteiramente responsável por ela.
A única pessoa que tem o poder de fazer raiva a você, é você mesmo. Claro que lidamos diariamente com pessoas e acontecimentos que tentam nos tirar do controle. Marco Aurélio, nas suas Meditações, é claro no conselho que ele dá a si mesmo, e a todos, na posteridade:
“Comece cada dia dizendo a si mesmo: hoje, encontrarei interferência, ingratidão, insolência, deslealdade, má vontade e egoísmo – todos eles devido à ignorância dos infratores sobre o que é bom ou mau. Mas, por minha parte, há muito tempo percebo a natureza do bem e sua nobreza, a natureza do mal e sua maldade, e também a natureza do próprio culpado (…) nenhuma dessas coisas pode me ferir, pois ninguém pode me implicar no que é degradante”.
Controlar a raiva
Há várias técnicas estoicas de como controlar a raiva. Epicteto traz um bom conselho: desenvolva um hábito oposto. Por exemplo, rir é um hábito contrário, porque você não pode rir e ficar com raiva ao mesmo tempo.
“Portanto, sempre que estiver com raiva, encontre algo engraçado na situação e sorria. Ou você pode simplesmente rir da importância que você se dá, quando expressa raiva”, nos alerta o Dr. Chuck Chakrapani: Editor da revista THE STOIC GYM.
“Quão melhor curar do que buscar vingança. A vingança desperdiça muito tempo e expõe você a muito mais lesões do que a primeira que a provocou. A raiva sempre supera a dor. Melhor seguir o caminho oposto. Alguém acharia normal devolver um chute a uma mula ou uma mordida a um cachorro?”
Sêneca
Referência:
Meditations, de Marcus Aurelius