Aprenda a sentir alegria – Sêneca

Aprenda a sentir alegria

Os estoicos podem ser compreendidos como sem sentimentos ou pessoas sempre muito sérias. A Carta 23 de Sêneca ao seu amigo Lucílio traz uma versão sobre a alegria na filosofia estoica. Claro, não se engane, o filósofo não está falando de uma alegria superficial ou de risadas sem motivos, mas de uma alegria da alma

Poderíamos compreender essa alegria como quietude ou equanimidade, como o poder de focar nas coisas que estão sob o nosso controle ou mesmo como a determinação de não colocar nossa alegria em coisas inúteis.

“Você pergunta qual é o fundamento de uma mente sã? É não encontrar alegria em coisas inúteis. Eu disse que era o fundamento; é realmente o pináculo” .

– Sêneca

Aprenda a sentir alegria“, afirma Sêneca, mas, mais uma  vez, não uma alegria que depende dos dons da fortuna, de esperanças futuras, de prazeres efêmeros ou de situações inconstantes.

“A própria alma deve ser feliz e confiante, elevada acima de todas as circunstâncias”.

A verdadeira alegria não vem fácil, é seguida de questionamentos e provém de ações corretas. Ações suas! A verdadeira alegria vem do seu próprio “depósito”, como coloca Sêneca. Está aí dentro sim, por mais simples que isso pareça de se dizer. Está em aceitar as coisas como elas acontecem, e ao mesmo tempo transformá-las da melhor forma possível a seu favor. É seguir esse caminho, sem muito zigue-zague. 

“Você me pergunta o que é esse bem real e de onde vem? Eu vou te dizer: vem de uma boa consciência, de honrosos propósitos, de ações corretas, de desprezo aos presentes do acaso, de um modo de vida sereno e tranquilo, que só segue um caminho” .

– Sêneca

Referências:

Cartas de um estoico, Volume I, de Sêneca

Livros de Sêneca

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