A ira transforma todas as coisas do melhor e mais justo em seu contrário – Martino Bracarense
Para Sêneca, a ira é a mais terrível e violenta de todas as paixões, “uma breve insânia”.
“Ela é igualmente desenfreada, alheia ao decoro, esquecida de laços afetivos, persistente e aferrada ao que começou, fechada à razão e aos conselhos, incitada por motivos vãos, inábil em discernir o justo e o verdadeiro, muito similar a algo que desaba e se despedaça por cima daquilo que esmagou”.
Deixar-se sucumbir à ira é aceitar o contrário da justiça, o avesso da virtude, perder a razão. Como prática estoica, é preciso negar a ira, não deixando ser dominado por ela – ou mesmo que ela se inicie em você. Quando uma situação ou pessoa te incitar a ira, entregue o convite de volta. Para Aristóteles, a ira é um desejo de devolver a dor. Mude o caminho da dor. Recupere a sua racionalidade.
Para finalizar, palavras em poesia, por Rupi Kaur:
o ódio é uma coisa fácil e fútil
já o amor
exige um esforço
que todo mundo conhece
mas ao qual nem todo mundo está disposto