Solidão e companhia

“Solidão e companhia devem ser mescladas e alternadas. Esta desperta o desejo de viver entre os seres humanos, aquela, conosco mesmos. Portanto, uma é remédio para outra. A solidão irá curar a aversão da multidão, e a multidão, o tédio da solidão”.

Sêneca

Domingo é um bom dia para pensar sobre esses momentos de companhia e de solidão.

Prezando a moderação e entendendo os ciclos, Sêneca pontua como um dos elementos para a tranquilidade da alma esse equilíbrio entre os tempos de estar entres as multidões e os tempos passados consigo mesmos.

Em uma de suas cartas para Lucílio, porém, ele alerta para os “perigos” de estar entre as multidões:

“Mesmo Sócrates, Catão e Lélio poderiam ter sido abalados em sua força moral por uma multidão que era diferente deles; tão verdadeiro é que nenhum de nós, por mais que cultive suas habilidades, pode resistir ao choque de falhas que se acercam, por assim dizer, de tão grande séquito”.

Sêneca

Voltar-se para suas virtudes, mesmo entre multidões, buscar amigos e amigas que queiram ensinar e aprender, e ter seus momentos consigo mesmo – são ensinamentos de Sêneca.

Referência:

Da tranquilidade da alma, de Sêneca

Cartas de um estoico, Volume I, de Sêneca – “Sobre multidões”, Carta 7, de Sêneca.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *