Parcimônia

Parcimônia para luxo e riqueza, para a alimentação e para as nossas vestimentas, e até mesmo para os gastos com estudos e livros. Essa é umas das lições de Sêneca no texto “Da tranquilidade da alma”. Segundo Sêneca: “Aprendamos a cultivar o comedimento, a refrear a luxúria, a moderar a ânsia de glória, a suavizar a ira, a olhar com simpatia a pobreza, a cultivar a frugalidade; embora essas coisas envergonhem a muitos, empregando remédios mais simples para os desejos naturais. Aprendamos a eliminar os desejos licenciosos e a tensão em relação ao futuro. Devemos agir de modo que se…

A tristeza é uma forma de egoísmo – Arnaldo Antunes

Se você entrega-se sem luta à tristeza, você acaba por afetar não apenas você (o que já valeria os seus próprios cuidados), mas também a todos ao seu redor. Como dar amor, gentileza, atenção e dedicação aos outros se você está vazio de tudo isso?  Sobre isso, penso na música Alegria de Arnaldo Antunes: “Eu vou te dar alegria Eu vou parar de chorar Eu vou raiar o novo dia Eu vou sair do fundo do mar Eu vou sair da beira do abismo E dançar e dançar e dançar A tristeza é uma forma de egoísmo Eu vou te…

Caminhe reto

Tenha confiança “É necessário que tenhas confiança em ti mesmo e creias que vais pelo caminho reto, sem se deixar chamar para veredas transversais como de muitos que vão de um lado para outro, enquanto alguns se extraviam bem próximos do caminho” – Sêneca. Tenha interesses diversos, estude linhas dissonantes, mas saiba trilhar seu caminho reto, dizendo “não” para possibilidades que te tirem da sua direção. Sobre o livro “Da tranquilidade da alma”, de Sêneca Traduzido do latim por Lúcia Rebello e Itanajara Neves. Introdução de Lúcia Rebello. “Investiguemos de que modo a alma deverá prosseguir sempre de modo igual…

Tranquilidade ~ Euthymia

Tranquilidade da alma “O que tu queres, pois, é grande, de máxima importância e próximo de um deus: não ser abalado. Os gregos chamam este estado estável da alma de euthymia” . Sêneca, em “Da tranquilidade da alma”. Para Sêneca, a euthymia é a tranquilidade! E este estado da alma seria alcançado com a permanência inabalável da mente, da alma. Ele prossegue: “Portanto, investiguemos de que modo a alma deverá prosseguir sempre de modo igual e no mesmo ritmo. Ou seja, estar em paz consigo mesmo, e que essa alegria não se interrompa, mas permaneça em estado plácido, sem elevar-se,…

“Nos sentimos mais seguros quando dentro de nós mesmos encontramos nossa casa” – Maya Angelou

“Acredito que nos sentimos mais seguros quando dentro de nós mesmos encontramos nossa casa, um lugar ao qual pertencemos e talvez o único que realmente criamos” – Maya Angelou Encontrar a casa em nós mesmos, da frase de Maya Angelou, no início do livro “Carta a minha filha“, me fez pensar sobre a ideia da palavra grega “euthymia“, a tranquilidade da alma. Para alcançar esse estado inabalável da mente, Sêneca nos aconselha a ter confiança em nós mesmos e seguir pelo “caminho reto”. Seguir um caminho reto é um tema recorrente para o estoico. Entendo esse “caminho reto” como algo…

Sinta-se melhor. Seja Melhor.

Virtude X Vícios “Examinando a mim mesmo, ó Sêneca, aparecem alguns vícios expostos tão abertamente que poderia segurá-los com a mão, outros mais obscuros e escondidos, outros ainda que não são contínuos, mas que voltam a intervalos intermitentes, os quais afirmo serem os mais incômodos, como inimigos escondidos que atacam nas ocasiões mais oportunas, contra os quais não se pode estar tão preparado como na guerra nem tão seguro como na paz”. Esse é o parágrafo de abertura do texto de Sêneca “Da tranquilidade da alma“, um dos seus tratados ou ensaios morais. Sêneca está atento aos seus vícios, e…

“Nenhum lugar para onde você for é mais calmo do que sua própria alma” – Marco Aurélio

“As pessoas tentam escapar de tudo – para o campo, para a praia, para as montanhas. Você sempre desejou pode escapar também. O que é uma idiotice: você pode se afastar de tudo quando quiser. Escapando para dentro de si mesmo. Nenhum lugar para onde você for é mais calmo – mais livre de interrupções – do que sua própria alma” – Marco Aurélio, Meditações, 4.3. Assim como o imperador Marco Aurélio, Sêneca também alerta sobre os momentos de companhia e solidão (de estar consigo mesmo). “Solidão e companhia devem ser mescladas e alternadas. Esta desperta o desejo de viver…

As situações mais duras podem se suavizar (…) é só saber levá-las – Sêneca

Força de vontade “Frequentemente, áreas exíguas se tornam aptas para muitos usos devido à arte do arquiteto e uma boa disposição torna habitável mesmo um lugar estreito. Usa a razão nas dificuldades. As situações mais duras podem se suavizar, as apertadas podem se afrouxar, e as pesadas, se tornar mais leves, é só saber levá-las” – Sêneca Que áreas da sua vida estão precisando de um novo projeto arquitetônico? De mais cor? Ou de razão para encontrar uso em espaços que parecem inutilizáveis? Para BJ Fogg, “design esmaga a força de vontade” (design crushes willpower). Ele explica os dois significados…

Solidão e companhia

“Solidão e companhia devem ser mescladas e alternadas. Esta desperta o desejo de viver entre os seres humanos, aquela, conosco mesmos. Portanto, uma é remédio para outra. A solidão irá curar a aversão da multidão, e a multidão, o tédio da solidão”. – Sêneca Domingo é um bom dia para pensar sobre esses momentos de companhia e de solidão. Prezando a moderação e entendendo os ciclos, Sêneca pontua como um dos elementos para a tranquilidade da alma esse equilíbrio entre os tempos de estar entres as multidões e os tempos passados consigo mesmos. Em uma de suas cartas para Lucílio,…

Abra os olhos para o conhecimento

“Penso que muitos poderiam ter chegado à sabedoria se não pensassem já serem sábios, se não tivessem dissimulado para si mesmos algumas coisas e se não tivessem passado por outras tantas com os olhos fechados” – Sêneca. Aquele que pensa saber de tudo, nada aprende! Escolhe a ignorância em nome da arrogância. Não feche os olhos para o conhecimento. Situações e pessoas estão aí para nos ensinar. Fique atente! Referência: “Da tranquilidade da alma“, de Sêneca