“O que é a vida sem algum risco?” – Sirius Black
Para praticar a justiça, muitas vezes, é preciso ter coragem. Coragem para assumir riscos, para ajudar as pessoas e até mesmo para se posicionar. Na saga de Harry Potter, o padrinho do protagonista, Sirius Black, foi traído por um de seus melhores amigos e colocado na prisão dos bruxos (onde permaneceu por 12 anos) acusado injustamente. Ele, porém, permaneceu fiel ao compromisso de cuidar de seu afilhado, promessa feita a seus pais e grandes amigos. Isso tudo depois de romper com seus familiares por não concordar com seus preconceitos sobre bruxos de “puro sangue” e ainda por se associarem às artes das trevas.
“Sirius era um homem corajoso, inteligente e dinâmico, e homens assim em geral não se contentam em ficar escondidos em casa, sabendo que outros estão correndo perigo”.
– Dumbledore
Sirius é morto por Bellatrix Lestrange, sua prima. O bruxo não era perfeito, vide o passado de bullying com Snape, juntamente com o pai de Harry, e nem de longe era muito afeito à prática da temperança. Mas foi um bruxo leal, justo e corajoso.
Assumir ricos
A cena do filme “Harry Potter e a ordem da fênix” nos faz pensar sobre a importância de se “assumir riscos” que é, muitas vezes, apenas uma forma de aceitar o destino e agir diante do que deve ser feito. Assumir riscos, e as consequências que advém disso, é sem dúvida parte da vida.
“Você nasceu para esses riscos. Pensemos em tudo o que pode acontecer como algo que acontecerá” – Sêneca.
Além disso, essa ideia de assumir riscos nos aponta também sobre a coragem de encarar nossas próprias sombras, de romper relações que não condizem com nossos valores e de ir ao encontro do medo, pois muitas vezes é lá que encontramos o nosso amadurecimento. Afinal, como assumir metas e valores se não tivermos dispostos a alcançá-los?
Como um complemento a essa ideia de assumir riscos, trazemos aqui um trecho do livro Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés:
“Embora eu não esteja de modo algum querendo dizer que uma mulher deva mergulhar numa situação violenta e torturante, quero dizer, sim, que ela deve fixar para si mesma alguma coisa na vida que ela se disponha a alcançar e, portanto, a assumir riscos para conseguir”.
Referências:
“Cartas de um estoicos, Volume I” – Carta 24, Sobre o desprezo pela morte, de Sêneca
“Mulheres que correm com os lobos”, de Clarissa Pinkola Estés