Os seres humanos foram feitos uns para os outros. Ensine-os ou ature-os – Marco Aurélio
Mesmo quando se considera a possibilidade de epidemia em ascensão exponencial, o risco individual é baixíssimo, muito mais baixo que outras mazelas como acidente de carro, outras gripes ou ficar com raiva patológica de presidente sem neurônios. Mas ficar descrente e não se preocupar com a gravidade da situação (uma preocupação racional e medida) é contribuir para a possível disseminação do vírus e aumentar o risco sistêmico.
O escritor Wyatt Brown nos diz:
“os estoicos reconheceram a irmandade do homem. A maior virtude é ajudar os outros por si e pela paz de espírito… Justiça, bondade de coração, dever, coragem e fidelidade aos semelhantes, são abstrações que não exigem autoridade divina para sustentá-las; valem a pena por si só”.
Então quando vemos enfermeiras, fisioterapeutas infectando-se e mantendo posto no norte da Itália, ou dos profissionais chineses que chegam naquele país depois de passar semanas eles mesmos confinados nos hospitais de Wuhan, enche-nos de gratidão, a colaboração que pode existir entre os povos. Assim precisamos de todos: militares, economistas, médicos, engenheiros e comerciantes, para mantermos nosso foco, nossa sanidade e pensamento no coletivo.
Esse é o conceito da Sympatheia:
“todas as coisas são mutuamente unidas e, portanto, têm uma afinidade uma pela outra”.
Segundo Nassim Nicholas Taleb, o curso mais prudente e ético é adotar precauções universais, mesmo que você não pertença a um grupo de risco, nem seu emprego dependa disso. Isso requer que um indivíduo se preocupe sobre riscos que são provavelmente insignificantes para eles.
Marco Aurélio para finalizar:
“Medite frequentemente”, escreve ele, “sobre a interconexão e a interdependência mútua de todas as coisas no universo”.