A minha alucinação é suportar o dia a dia. E meu delírio é a experiência com coisas reais – Belchior

Se tem um tema que me intriga no Estoicismo hoje é a interpretação errada, ou no mínimo confusa, sobre os estoicos serem pessoas sem sentimentos (há também a questão de negligenciar o seu caráter social, mas essa fica para outro texto). Por isso, é reconfortante ler filósofos contemporâneos – como Massimo Pigliucci, Donald Robertson ou William B. Irvine – que refutam essa ideia de forma frequente e embasada.  “Quando lemos sobre os estoicos ou lemos suas obras, o que encontramos são indivíduos que podem ser descritos como alegres. Eles eram muito bons em encontrar as fontes de deleite da vida…

Senão chega a morte ou coisa parecida – Belchior

“Ei, moço! E eu inda sou bem moço pra tanta tristeza Deixemos de coisas, cuidemos da vida Senão chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moço sem ter visto a vida” A descoberta quase acidental do Estoicismo pelos Irmãos Estoicos  veio na vida adulta. E com ela veio o tema da meditação sobre a morte. Talvez não tanto por acidente, já que a maturidade e a experiência nos levam invariavelmente ao encontro com a morte de pessoas próximas, bem como de ídolos na arte (Renato Russo, Cazuza, Freddie Mercury, para mencionar alguns falecidos na década de 1990, e…