“Ei, moço! E eu inda sou bem moço pra tanta tristeza Deixemos de coisas, cuidemos da vida Senão chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moço sem ter visto a vida” A descoberta quase acidental do Estoicismo pelos Irmãos Estoicos veio na vida adulta. E com ela veio o tema da meditação sobre a morte. Talvez não tanto por acidente, já que a maturidade e a experiência nos levam invariavelmente ao encontro com a morte de pessoas próximas, bem como de ídolos na arte (Renato Russo, Cazuza, Freddie Mercury, para mencionar alguns falecidos na década de 1990, e…
Se tem um tema que me intriga no Estoicismo hoje é a interpretação errada, ou no mínimo confusa, sobre os estoicos serem pessoas sem sentimentos (há também a questão de negligenciar o seu caráter social, mas essa fica para outro texto). Por isso, é reconfortante ler filósofos contemporâneos – como Massimo Pigliucci, Donald Robertson ou William B. Irvine – que refutam essa ideia de forma frequente e embasada. “Quando lemos sobre os estoicos ou lemos suas obras, o que encontramos são indivíduos que podem ser descritos como alegres. Eles eram muito bons em encontrar as fontes de deleite da vida…