Todas as coisas existem dentro de um movimento de ascensão e de declínio. E você precisa aprender a discernir isso – Miyamoto Musashi

Vamos pensar um pouco sobre o tempo de cada coisa. “Há o tempo certo em tudo. O tempo na estratégia não pode ser dominado sem muita prática“. Miyamoto Musashi É preciso entender o tempo de cada questão, o seu tempo, e entender que para cada habilidade há que se dedicar intensamente, com horas de prática. Assim também deve ser o pensamento e o desenvolvimento da filosofia. Moldar o pensamento precisa de estímulo, observação e um estado de alerta. É preciso entender ainda os ciclos da vida, da história, e distinguir os movimentos de ascensão e declínio. “Nas aptidões e habilidades…

Algumas coisas nos atormentam mais do que deveriam – Sêneca

“O que eu aconselho você a fazer é, não ser infeliz antes que a crise chegue; já que pode ser que os perigos que o empalidecem como se estivessem o ameaçando agora, nunca cheguem sobre você; eles certamente ainda não chegaram. Assim, algumas coisas nos atormentam mais do que deveriam; algumas nos atormentam antes do que deveriam; e algumas nos atormentam quando não deveriam nos atormentar. Temos o hábito de exagerar, imaginar, antecipar, a tristeza. A primeira dessas três faltas pode ser adiada no momento, porque o assunto está em discussão e o caso ainda está no tribunal, por assim…

Viva de acordo com a Natureza – Sêneca

“Nosso lema, como você sabe, é ‘Viva de acordo com a Natureza’; mas é bastante contrário à natureza torturar o corpo, odiar a elegância espontânea, ser sujo de propósito, comer comida que não é somente simples, mas repugnante e desagradável” Sêneca, em “On the philosopher’s mean”. A expressão desse “lema” estoico está presente em muitos escritos de Sêneca. Neste primeiro, ele reafirma o cuidado que devemos ter conosco – com nosso corpo e nossa mente. Trazemos aqui mais um trecho para lembrarmo-nos de que devemos ter uma relação de ação e de reflexão em relação às nossas ações, à nossa…

Cuide-se

“Parece que cai bem socialmente dizer que você não teve tempo de almoçar, não teve tempo de dormir, não teve tempo de mexer o corpo, de rir, de chorar – não teve tempo de viver. A dedicação ao trabalho parece estar ligada a um reconhecimento social, a uma forma torta de se sentir importante e valorizado; tudo à sua volta tem a obrigação de entender que o mundo só pode girar se você estiver empurrando”. – Ana Claudia Quintana Arantes Essa não seria mais uma versão do Ego? Uma forma hipócrita de se sentir mais importante do que as outras…

Não julgue, não se sinta julgado

Não perca seu tempo julgando os outros ou muito menos dando ao julgamento dos outros sobre você tanta consideração. Sobre a primeira parte, retomamos a citação do imperador Marco Aurélio, em Meditações: “seja tolerante com os outros e rigoroso consigo mesmo”. Sobre a segunda, trazemos as palavras de Sócrates: “nada prometi a mim mesmo com mais firmeza do que não submeter os atos de minha vida à opinião alheia. Joguem sobre mim suas duras palavras. Não pensarei estar sendo injuriado, pois parecem gemer como criaturas infelizes”. E acrescenta: “se puderes, elogia o bom, se não, segue o teu caminho. Mas,…

É muito breve a vida dos ocupados – Sêneca

A ocupação pode ser uma forma de fugir de si mesmo. Um entorpecimento que nos coloca na corrida dos ratos, gastando nossa energia sem perceber que não estamos nos movendo, que estamos apenas girando sem sair do lugar. Não faça isso. É preciso realizar o seu trabalho sim, dedicar-se, dar o seu melhor com o que você tem na mão hoje. Mas para ser o seu melhor, é preciso também parar e pensar. Parar e olhar ao seu redor. Parar e questionar suas escolhas. Não viva o hoje esperando apenas o amanhã – que é incerto. Não viva o hoje…

Necessário e suficiente

“Você pergunta qual é o limite adequado para a riqueza? É, primeiro, ter o que é necessário e, segundo, ter o que é suficiente” Sêneca O balanço entre o necessário e o suficiente tem perdido equilíbrio em nosso tempo. Como bem colocou Clay Newman no livro Mais Sêneca, Menos Prozac: “Dê uma olhada rápida no estilo de vida contemporâneo. A maioria das pessoas trabalha com algo que odeia para consumir coisas de que não necessita, e poder, assim, impressionar vizinhos que detesta”. Busque o necessário e contente-se com o suficiente! Referência:  “On Discursiveness in Reading”, Carta 2, de Sêneca, tradução…

A visão da morte “Enquanto um lado da natureza dual da mulher pode ser chamado de vida, a irmã gêmea da vida é uma força chamada morte. A força chamada morte é uma das bifurcações magnéticas do lado selvagem. Se aprendermos a identificar as dualidades, acabaremos dando de cara com a caveira descarnada da natureza da morte. Dizem que só os heróis conseguem suportar a visão. O homem selvagem sem dúvida consegue. A mulher selvagem, sem a menor sombra de dúvida, consegue. Na realidade, eles são inteiramente transformados pela visão”. – Clarissa Pinkola Estés Uma visão diferente sobre o conceito…

Sobre a amizade das mentes afins

Na Carta 35 de Sêneca a Lucílio, o senador estoico fala da amizade das mentes semelhantes. Ele tenta distinguir as definições de amor e amizade, e que amizade pode existir sem amor, embora este seja diferente e possa até ferir. Amizade traz benefícios para ambas as partes, principalmente quando dois amigos conseguem estimular um ao outro com estudo, ética e bons exemplos. Sêneca é muito sábio no conselho a seu amigo, estimulando-o sempre a melhoria e ao respeito ao seu caráter: “Faça progressos e, antes de tudo, tente ser consistente consigo mesmo. E quando descobrir se realizou alguma coisa, considere…

Solidão e companhia

“Solidão e companhia devem ser mescladas e alternadas. Esta desperta o desejo de viver entre os seres humanos, aquela, conosco mesmos. Portanto, uma é remédio para outra. A solidão irá curar a aversão da multidão, e a multidão, o tédio da solidão”. – Sêneca Domingo é um bom dia para pensar sobre esses momentos de companhia e de solidão. Prezando a moderação e entendendo os ciclos, Sêneca pontua como um dos elementos para a tranquilidade da alma esse equilíbrio entre os tempos de estar entres as multidões e os tempos passados consigo mesmos. Em uma de suas cartas para Lucílio,…