Não precisamos olhar para Esparta para imaginar que o desejo por comida era um tema comum nas reflexões estoicas antigas. Atualmente, com a oferta exagerada de alimentos prazerosos e cheios de açúcar e outros males (óleos de sementes vegetais, carboidratos ultrarrefinados etc.), cabe ainda mais a discussão e exercício de encarar a condição natural de sentir fome. Deixar de comer por algumas horas por dia era condição comum há poucas décadas. Jejuns intermitentes e prolongados tem voltado a discussão, e a ciência parece comprovar que eles trazem benefícios quantificáveis (diminuição da resistência à insulina, diminuição da inflamação sistêmica, melhora do…
Na carta “Sobre festivais e jejum”, Sêneca conversa com Lucílio sobre a prática de excluir o “conforto” de sua vida por alguns dias para que, assim, o destino não o atormente. Para Tim Ferriss, “essas práticas o tornam menos emocionalmente reativos, mais conscientes do momento presente, e mais resiliente”. Ele continuou: “isso aumenta consideravelmente sua habilidade de sentir contentamento por pequenas coisas”. Nas palavras de Sêneca, a prática poderia ser como: “Deixe a cama de palha ser real, e o manto grosseiro; deixe o pão ser duro e sujo. Resistir a tudo isso por três ou quatro dias por vez,…