Não há tempo para desespero – Toni Morrison

Toni Morrison não foi apenas a primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, foi a única (das 114 pessoas agraciadas, 14 foram mulheres). A autora norte-americana, que faleceu no dia 5 de agosto de 2019, recebeu também um Pulitzer. O seu legado é de extrema relevância e uma citação ressoa nestes tempos:

“Este é exatamente o tempo no qual os artistas devem trabalhar. Não há tempo para desespero, não há lugar para auto piedade, não há necessidade para o silêncio, não há espaço para o medo. Nós falamos, nós escrevemos, nós fazemos linguagem. É assim que as civilizações se curam. Eu sei que o mundo está ferido e sangrando, e embora seja importante não ignorar a sua dor, também é crítico se recusar a sucumbir à sua malevolência. Como o fracasso, o caos contém informações que podem levar ao conhecimento – até sabedoria. Como arte”.

É preciso criar espaço para o amor ao conhecimento – filosofia – e não se pode esquecer que sempre há lugar para a arte – em suas mais diversas formas. Escolha a sua linguagem e faça o seu trabalho.

O Estoicismos é uma filosofia prática, nascida na polis (cidade), ensinada nas “stoas” – pórticos, em espaços públicos. Mesmo Sêneca também alertando para os benefícios da “vida retirada”, há de se pensar sempre no bem comum, na ação, na disseminação do conhecimento e – estendemos essa ideia – da arte. Compartilho aqui o aforismo de Hipócrates, citado por Sêneca: “A vida é curta, a arte é longa”.

Não há tempo para desespero

Referências:

Da tranquilidade da alma, de Sêneca (Da vida retirada)

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