Em vez de desviar os olhos dos acontecimentos dolorosos da vida, olhe para eles diretamente e contemple-os com frequência – Epicteto

Olhe para eles

A citação de Epicteto me faz pensar simbolicamente no filme Moana, em seus momentos de desfecho, quando a jovem garota que dá nome à obra encara o monstro Te Ka. Podemos pensar, a partir dessa relação, em encarar nossos próprios medos e monstros simbólicos e no que isso pode nos trazer de liberdade e de tranquilidade. 

No filme da Disney Moana, a protagonista sai pelo oceano em busca do semideus Maui para que juntos recuperem o coração de Te Fiti e, assim, a natureza volte a florescer em sua aldeia. No caminho, Moana descobrirá o passado de seu povo e, a partir daí, novas possibilidades de futuro. 

No desenredo da história, Moana precisa enfrentar Te Ka, um monstro de pedras e lavas. A garota compreende, porém, que não é pela luta que irá derrotar o monstro, mas é o encarando de frente, é olhando em seus olhos, é indo ao encontro dele. Moana precisou encarar o seu maior desafio com equanimidade para resolver a grande questão da narrativa!

“Em vez de desviar os olhos dos acontecimentos dolorosos da vida, olhe para eles diretamente e contemple-os com frequência” .

Epicteto

Moana olhou e abraçou toda a história que havia por trás daquele monstro e assim conseguiu devolver o coração de Te Fiti. Na nossa vida, também vamos enfrentar “monstros” e será preciso ter tranquilidade de não desviar nosso olhar, pelo contrário, é preciso observá-los com frequência para que, a partir da compreensão, eles percam a sua força sobre nós.

Só lembre-se de não se perder, de “não se distrair pela escuridão. Corra direto para a linha de chegada, de forma inabalável” – Marco Aurélio, Meditações, 4. 18.

Olhe para eles

Referências:

A arte de viver, de Epicteto, tradução de Sharon Lebell

Meditações, de Marco Aurélio

Meditations, de Marcus Aurelius

Carta para Moana

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