“Nos sentimos mais seguros quando dentro de nós mesmos encontramos nossa casa” – Maya Angelou
“Acredito que nos sentimos mais seguros quando dentro de nós mesmos encontramos nossa casa, um lugar ao qual pertencemos e talvez o único que realmente criamos” – Maya Angelou
Encontrar a casa em nós mesmos, da frase de Maya Angelou, no início do livro “Carta a minha filha“, me fez pensar sobre a ideia da palavra grega “euthymia“, a tranquilidade da alma. Para alcançar esse estado inabalável da mente, Sêneca nos aconselha a ter confiança em nós mesmos e seguir pelo “caminho reto”.
Seguir um caminho reto é um tema recorrente para o estoico. Entendo esse “caminho reto” como algo mais profundo, de definição de um propósito ou de um rol de valores, do que de simplesmente seguir uma vida sem alterações. Assim, a ideia surge de uma elucidação de nossos grandes princípios e, a partir deles, de não ceder a constantes extravios, desvios e desistências
As ações em si, os nossos cursos e percursos, trabalhos e até relações podem ser alterados, afinal, a mudança é parte intrínseca da vida. Mas ter esse sentido maior é, voltando ao início, encontrar nossa casa em nós mesmos. Torna, assim, nossa tomada de decisão mais serena, pois sabemos que estamos debaixo de um guarda-chuva de valores que nos protege das tempestades.
“Confia em ti. Alegra-te contigo. Afasta-te o quanto podes das coisas alheias. Dedica-te a ti mesmo. Não te sensibilizes com prejuízos materiais. Enfim, procura interpretar com benevolência os fatos adversos” – Sêneca, em “Da tranquilidade da alma”.
É com confiança, alegria, autoconhecimento e com a certeza de que o caminho para a quietude é interno que podemos seguir, nem sempre com 100% de certeza, nem sempre com toda a energia, mas dando um passo na frente do outro, sem pressa, suave.
É assumir a responsabilidade sobre nós, é aprender a não se comparar com as outras pessoas, afinal, não sabemos qual o guarda-chuva delas. Temos que saber sim qual o nosso!
“Ter uma vida em expansão depende da nossa resposta àquilo que cabe exclusivamente a nós” – Epicteto, em A arte da vida.
Referência: