Quantas vezes, quando nos encantamos por um novo conhecimento, queremos que os nossos amigos e conhecidos entrem no nosso mesmo barco e compartilhem do nosso interesse. Os estoicos, que carregam esse nome por na sua origem debaterem a sua filosofia nos pórticos, que eram espaços abertos, falam repetidamente sobre o compartilhamento de conhecimento, sobre ajudar ao próximo e sobre se colocar como um ser cosmopolita, que faz parte de uma sociedade e assim deve trabalhar para o seu bem. Há, porém, limites para esse compartilhamento. Até para evitar frustrações nossas. Há que se ter compreensão com quem não quer dividir…
Acaso, chance, sorte ou destino. Essas palavras, como queiram chamar, nos dão e nos tiram, nos oferecem favores, que assim como chegam, vão embora, nos “pregando peças”. O que temos, recebemos de empréstimo, ou seja, pode ser restituído a qualquer momento (e isso não vale apenas para coisas, cargos, trabalhos, mas para pessoas e relações). “O bem que pode ser dado, pode ser retirado” – frase dita por Sêneca, porém atribuída por ele mesmo a Lucílio, na Carta 8, “Sobre o isolamento do filósofo”. Os estoicos nos dizem que não devemos colocar a nossa felicidade ou ideias de sucesso e…
Se encontrar é ação prioritária e intransferível. Ser mestre de si mesmo: tarefa das mais difíceis, por mais que óbvia. Saber o que queremos, e desempenhar o compromisso conosco de assumir essas escolhas. E, assim, o momento presente parece ser exatamente o que deve ser, sem desejar o que não se tem, sem almejar ser o que não se é. É a aplicação do Amor Fati à compreensão de nós mesmos. É interessante pensar que Sêneca traz esse ensinamento na carta “Sobre progresso” (32), reforçando a ideia de que devemos concentrar nosso esforço no progresso, no aperfeiçoamento contínuo, no processo,…
Suas palavras e suas ações devem estar alinhadas, seguindo o mesmo propósito. “Prove suas palavras em seus atos“, afirma Sêneca em sua Carta 20 a Lucílio, “Sobre praticar o que se prega” (“On practicing what you preach“). O que se quer com isso? Ter controle sobre sua mente e não se perder em ações que não acrescentam em nada aos seus verdadeiros intuitos (ou mesmo que podem fazer você desviar-se deles). “Não digo que o filósofo possa sempre manter o mesmo ritmo. Mas ele sempre pode seguir o mesmo caminho”- Sêneca. Há uma base comum para nós interessados no Estoicismo:…
Vamos direto ao ponto: o que é aproveitar bem o tempo? É viver com propósito. E quanto de nosso tempo deixamos passar fazendo nada ou sem propósito? Provavelmente ainda uma boa parte dos nossos preciosos momentos. Logo na primeira carta de Sêneca ao seu amigo Lucílio, “Sobre aproveitar o tempo“, nos deparamos com ideias relevantes do estoicismo e os seus usos para a nossa vida cotidiana. Ideias sobre o cuidado que devemos ter com o nosso tempo, a vida com propósito e a relação do tempo com o conceito de memento mori. Na carta, Sêneca inverte a lógica do memento…