A fortuna está lutando contra mim, e eu não devo cumprir suas ordens – Sêneca

Tem horas que pensamos – com a ajuda do ego – que o universo está arquitetando formas para zoar, bagunçar ou confundir os nossos planos. Essa história também tem um outro lado: quando temos a convicção de que ganhamos presentes da Fortuna! A questão é que enquanto você ainda depender do destino para tomar qualquer rumo em sua vida, você não será livre. Tudo o que é “dado” pela Fortuna, diriam os estoicos, é nosso apenas por empréstimo.  “O que é liberdade, você pergunta? Significa não ser escravo de qualquer circunstância, de qualquer restrição, de qualquer possibilidade; isso significa obrigar…

Tem consciência de que a vida é algo que lhe foi dado de empréstimo – Sêneca

“Tem consciência de que a vida é algo que lhe foi dado de empréstimo e, por isso, sujeita à restituição, sem tristeza, quando lhe for reclamada” – Sêneca, “Da tranquilidade da alma”. Lembre-se de que você é mortal. Não há força, riqueza ou subterfúgios que vençam a morte. Por que pensar na – inevitável- morte? Para que se viva. Não é mórbido. Tem o objetivo de inspirar e fazer pensar em suas prioridades, valores, relações. Não deixe o tempo escorrer de sua vida com futilidades. Ele passará de toda forma, o que pode mudar é o que você agrega nesse…

Estou viva

“Quando uma pessoa diz: ‘Estou vivo!’, toda manhã que acorda, recebe um bônus”. Sêneca fala na Carta 12 a Lucílio, “Sobre a velhice”, que o escopo de nossa vida é constituído por círculos – de maiores para menores. Do nascimento à morte seria o grande círculo de nossa existência, depois o da juventude, da infância, dos anos, dos meses e, então, dos dias. “O menor círculo de todos é o dia; mas mesmo o dia tem seu começo e seu término, seu nascer e seu pôr-do-sol”. Há, então, em um dia, o reflexo de toda a nossa existência. “Portanto, todos…

Livro “Cartas para elas”

Sêneca, filósofo estoico, escreveu sobre as cartas que recebia de um amigo: “Sempre que suas cartas chegam, imagino que estou com você, e tenho a sensação de que estou prestes a falar a minha resposta, em vez de escrevê-la. Portanto, vamos juntos investigar a natureza de seu problema, como se estivéssemos conversando um com o outro”. Escrever cartas é criar uma autoficção. Imagine agora escrever cartas para personagens ou personalidades do audiovisual. Mulheres – reais ou fictícias – que nos tocam e nos acompanham, a ponto de sentir como se fôssemos amigas. É um ato de colocar essa autoficção em…

Encarar a própria mortalidade é muito melhor do que diversão – Boneca Russa

“Eu não posso escapar a morte, mas pelo menos posso escapar o medo dela”. Epicteto Cenas Estoicas do seriado Boneca Russa (Russian Doll), da Netflix. Referências: A arte de viver, de Epicteto, tradução de Sharon Lebell Discourses and Selected Writings Manual de Epicteto Carta para Nádia Cartas para elas – pré-venda

Nada é nosso, exceto o tempo – Sêneca

Você está morrendo diariamente. Você não precisa estar doente ou com idade avançada para pensar sobre isso. Cada hora passada, vai para a morte. Parece mórbido e pessimista, mas, na verdade, por que os estoicos insistem em pensar sobre isso? Para que você não desperdice seu tempo com “horas mortas”, como disse Ryan Holiday! Está insatisfeito no trabalho mas (ainda) não tem como fazer uma mudança radical? Aproveite cada espaço de tempo livre para estudar/ler algo novo. Tem que dirigir durante horas nas idas e vindas no seu dia a dia? Escute um podcast. Está desempregado? Converse com pessoas que…

A visão da morte “Enquanto um lado da natureza dual da mulher pode ser chamado de vida, a irmã gêmea da vida é uma força chamada morte. A força chamada morte é uma das bifurcações magnéticas do lado selvagem. Se aprendermos a identificar as dualidades, acabaremos dando de cara com a caveira descarnada da natureza da morte. Dizem que só os heróis conseguem suportar a visão. O homem selvagem sem dúvida consegue. A mulher selvagem, sem a menor sombra de dúvida, consegue. Na realidade, eles são inteiramente transformados pela visão”. – Clarissa Pinkola Estés Uma visão diferente sobre o conceito…

Senão chega a morte ou coisa parecida – Belchior

“Ei, moço! E eu inda sou bem moço pra tanta tristeza Deixemos de coisas, cuidemos da vida Senão chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moço sem ter visto a vida” A descoberta quase acidental do Estoicismo pelos Irmãos Estoicos  veio na vida adulta. E com ela veio o tema da meditação sobre a morte. Talvez não tanto por acidente, já que a maturidade e a experiência nos levam invariavelmente ao encontro com a morte de pessoas próximas, bem como de ídolos na arte (Renato Russo, Cazuza, Freddie Mercury, para mencionar alguns falecidos na década de 1990, e…

Você não pode perder nem o passado nem o futuro; como você pode perder o que não tem? – Marco Aurélio

Em Meditações, Marco Aurélio filosofa mais uma vez sobre como o tempo é fugaz e fora do nosso controle. E como devemos abordar a questão de como abraçar nossa mortalidade e viver com presença diariamente, pois isso expande nossa realidade: “A velocidade com que todos eles desaparecem – os objetos no mundo e a memória deles no tempo. E a natureza real das coisas que nossos sentidos experimentam, especialmente aquelas que nos seduzem com prazer ou nos assustam com dor ou são em alto tom alardeadas pelo orgulho. Para entender essas coisas – quão estúpidas, desprezíveis, sujas, decadentes e mortas…

Sobre a brevidade da vida, de Sêneca

“Sobre a brevidade da vida” (De Brevitate Vitae | On the Shortness of Life) é mais um escrito em estilo epistolar de Sêneca. O tratado é direcionado a Paulino, sem identidade certa, mas fontes colocam que poderia ser Pompeius Paulinus, sogro de Sêneca. A questão é que de fato o filósofo estoico utiliza-se do gênero epistolar para construir boa parte de sua obra voltada ao Estoicismo, criando a sua marca. Esse gênero tem, antes de tudo, um destinatário. Lucílio, conhecido pelas 124 cartas direcionadas a ele por Sêneca, não se sabe se de fato existiu ou se foi um interlocutor…