Vamos corrigir nossos erros

“Por que ninguém admite suas falhas? Porque ainda está preso por elas; somente aquele que está acordado pode contar o seu sonho, e da mesma forma uma confissão de pecado é uma prova da mente sã. Vamos, portanto, despertar-nos, para que possamos corrigir nossos erros”. Sêneca Como melhorar se não admitimos que temos erros? É preciso despertar, tomar consciência e, se possível, destruir a compreensão superior do ego para que possamos evoluir. “Comecei a refletir o quão completamente esquecemos ou ignoramos nossas falhas, mesmo aquelas que afetam o corpo, que continuamente nos recordam de sua existência, para não mencionar aquelas…

Aprender virtude significa desaprender o vício – Sêneca

Tudo é um aprendizado. Inclusive agir de forma virtuosa. “Ninguém entende que é avarento, ou que é cobiçoso. No entanto, os cegos pedem um guia, enquanto vagamos sem um”. Negar os nossos defeitos e vícios é uma cegueira escolhida. “Por que nos enganamos? O mal que nos aflige não é externo, está dentro de nós, situado em nossos próprios entraves; por isso alcançamos a saúde com mais dificuldade, porque não sabemos que estamos doentes”. A cura? Tratamento consistente, atenção concentrada e cuidadosa. “Devemos, portanto, prosseguir na tarefa de nos livrar das faltas com mais coragem, porque, uma vez entregue a…

A melhor vingança é não ser como eles – Marco Aurélio

Sempre houve e sempre haverá o bem e o mal, a virtude e o vício. De que adianta então? Adianta não ser como os que prejudicam, os que mentem, os que caluniam. Adianta ser bom, virtuoso, gentil e verdadeiro. Por você, sem esperar nada de ninguém, sem esperar nada em troca; nem reverência, nem crítica. Marco Aurélio em uma das conhecidas passagens do seu “Meditações” alerta a si mesmo ao acordar: “as pessoas que eu encontrarei hoje serão indiscretas, ingratas, arrogantes, desonestas, invejosas e ranzinzas” (2. 1). De que adianta então? Adianta saber diferenciar o bem do mal. Não se…

Você age como um mortal em tudo o que teme e como imortal em tudo o que deseja – Sêneca

“Não sonhe com o que você não possui, e sim reflita sobre as melhores coisas que você tem e imagine o quanto gostaria de tê-las se não as tivesse mais” . – Marco Aurélio, Meditações 7-27 Epicteto declara essa posição estoica claramente em Discursos (4.1.175): “A liberdade não é garantida satisfazendo os desejos quaisquer do seu coração, mas na verdade removendo o próprio desejo”. Claro que isso não indica inércia. O Estoicismo prega a responsabilidade pelas ações, e não colocar na mão de deuses (ou do destino/fortuna) o que se consegue com honra e trabalho. Nós vivemos na melhor época…

Torne-se o médico de sua própria alma – Epicteto

Quando os clássicos estoicos falam tão diretamente de alguma questão, precisamos levar em consideração. Aqui, conectamos ideias de Sêneca e Epicteto a respeito da responsabilização pessoal sobre tudo em nossa vida. Na carta 31, “Sobre o canto da Sereia”, Sêneca afirma: “há apenas um bem, a causa e o sustento de uma vida feliz, – confiar em si mesmo”. Faça você. Faça por você. Não é egoísmo, mas uma constante vigilância em não entregar ao outro ou ao acaso/destino as intenções que são nossas, e em última instância a nossa felicidade. “Faça-se feliz através de seus próprios esforços; você pode…

Não permita que vícios tornem-se hábitos

Você sabe o que ajuda a sua potência e o que a esgota. Você pode tentar se enganar, ceder às multidões, ir na onda, mas você sabe! Assim, para não ser surpreendido e ter que tomar uma decisão no momento, prepare-se com antecedência. É preciso agendar o que fortalece os seus valores e evitar com consciência o que esvazia o seu caminho da excelência.  Nesse processo, tente eliminar a preocupação em agradar as outras pessoas. O seu foco deve ser em fazer a coisa certa, fazer o que deve ser feito, em prol de sua evolução pessoal e em prol…

“Em que mais você está ocupado senão a melhorar a si mesmo a cada dia?” – Sêneca

O processo não tem fim, e é exatamente por isso que devemos abraçar a ideia de caminhar ao encontro das virtudes de forma que as escolhas corretas sejam, em si, as nossas fontes de alegria. A escolha entre virtude e vício está dentro de nós, ou seja, sob o nosso controle. É simples identificar, mas não é sempre fácil fortalecer o primeiro e enfraquecer o segundo. A sociedade na qual vivemos nos mostra o tempo todo pessoas que parecem felizes comendo refeições gourmet, bebendo e comprando. Como manter a temperança com tantos estímulos? Voltando para o seu interior, entendo que…

“Eles até amam seus próprios males – e esse é o pior mal de todos!” – Sêneca

Não ignore ou muito menos se apegue aos seus defeitos. Não transforme vícios em hábitos. Uma exceção não deve ser nunca mais do que apenas isto: algo que se retira da regra. Se a exceção é repetidas inúmeras vezes, ela vira a regra, nos acomodamos à ela e, assim, podemos até ficar satisfeitos com ela. Devemos praticar cotidianamente a temperança.  Um dos motivos de termos o Estoicismo sempre à mão é também de possuirmos exemplos de virtudes mesmo em momentos extremamente difíceis. Deixemos, então, que a Filosofia desperte nossas mentes para coisas boas. “Pegue a lista de filósofos; esse ato…

“A razão não é um fim, mas um instrumento indispensável” – Epicteto

“Nenhum homem deve glorificar-se, exceto daquilo que é seu” Sêneca  O que é seu? O que está sob o seu controle? Casa, grana, carro e salário são coisas externas. Esses elementos podem ser considerados como “indiferentes preferíveis”, como dizem os estoicos. São questões externas! “Em uma videira, a virtude peculiarmente própria é a fertilidade; no homem também devemos louvar o que é seu próprio” . Sêneca  O que é seu é a sua capacidade de raciocinar, “porque o homem é um animal racional”. Assim, para Sêneca, não devemos nos orgulhar de coisas que são externas a nós, mas valorizar a…

“Seja franco frente às suas feridas, e assim terá uma imagem correta do remédio necessário” – Clarissa Pinkola Estés

Para saber qual o remédio certo, é preciso antes identificar a real ferida. E se falamos aqui de filosofia, quais as possíveis enfermidades? Ego exacerbado? Mania de comparação com outros? Preguiça ou tendências à procrastinação? Autodepreciação ou síndrome da impostora? Inveja? Falta de moderação? Poderíamos continuar! A questão é: identifique as feridas da sua mente. Não tenha medo de olhá-las de frente. Não esconda de si mesmo. Trazer à consciência é o primeira passo para a cura.  “Por que nos enganamos? O mal que nos aflige não é externo, está dentro de nós, situado em nossos próprios entraves; por isso…