Tag: Donald Robertson

Posted onBlog

A minha alucinação é suportar o dia a dia. E meu delírio é a experiência com coisas reais – Belchior

by 1 comentário em A minha alucinação é suportar o dia a dia. E meu delírio é a experiência com coisas reais – Belchior

Se tem um tema que me intriga no Estoicismo hoje é a interpretação errada, ou no mínimo confusa, sobre os estoicos serem pessoas sem sentimentos (há também a questão de negligenciar o seu caráter social, mas essa fica para outro texto). Por isso, é reconfortante ler filósofos contemporâneos – como Massimo Pigliucci, Donald Robertson ou William B. Irvine – que refutam essa ideia de forma frequente e embasada.  “Quando lemos sobre os estoicos ou lemos suas obras, o que encontramos são indivíduos que podem ser descritos como alegres. Eles eram muito bons em encontrar as fontes de deleite da vida…

Leia mais
Posted onBlog

Parar de sentir emoções, para de querer senti-las é como sentir a morte – Sense8

by 1 comentário em Parar de sentir emoções, para de querer senti-las é como sentir a morte – Sense8

Na cena do seriado Sense8, Sun Bak (Bae Doona) afirma: “É isso que é a vida… medo, raiva, desejo, amor. Parar de sentir emoções, para de querer senti-las é como sentir a morte”. Faz parte do ser humano ter emoções. E faz parte da vida nos presentear com desilusões, perdas, dor, amor, felicidade. O que queremos da prática do Estoicismo é nos tornar menos suscetíveis às emoções doentias, mais propensos aos sentimentos saudáveis, mais conscientes do presente e mais resiliente.  As emoções não saudáveis eram chamadas pelos estoicos de paixões, que englobavam desejos e emoções. Ser Estoico não é não…

Leia mais
Posted onBlog

E a esperança e a história podem rimar – Seamus Heaney

by Leave a comment on E a esperança e a história podem rimar – Seamus Heaney

Um poema do prêmio Nobel de literatura Seamus Heaney, já citado várias vezes pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, diz: “A história diz | Não espere deste lado da sepultura | Mas então, uma vez na vida | A tão esperada onda | Da justiça pode surgir | E a esperança e a história podem rimar” “History says, Don’t hope | On this side of the grave, | But then, once in a lifetime | The longed-for tidal wave | Of justice can rise up | And hope and history rhyme.” Seamus Heaney Não é sobre apoiar políticas de…

Leia mais
Posted onBlog

Eu não gosto daquele homem. Eu preciso conhecê-lo melhor – Abraham Lincoln

by Leave a comment on Eu não gosto daquele homem. Eu preciso conhecê-lo melhor – Abraham Lincoln

Encontramos todo dia, várias vezes por dia, alguém que não gostamos, e esse sentimento antipático é baseado geralmente em poucas informações sobre a pessoa. Claro que há de fato pessoas malvadas, sacanas, desonestas. E dessas devemos manter distância. Marco Aurélio exercitava o Premeditatio Malorum (uma previsão do que pode dar errado para nos preparar e mantermos calmos para os “naufrágios” da vida): Comece a manhã dizendo a ti mesmo: encontrarei com o intrometido, o ingrato, o arrogante, o enganador, o invejoso, o antissocial. – Marco Aurélio Talvez essas pessoas que lhe deem uma impressão ruim lembram alguma experiência negativa do…

Leia mais
Posted onBlog

Lembre-se: a única coisa que você controla é você mesmo – Matthew Van Natta

by 1 comentário em Lembre-se: a única coisa que você controla é você mesmo – Matthew Van Natta

“À medida que você aprende a buscar um bom fluxo de vida, olhe primeiro para suas próprias escolhas, antes de julgar as ações dos outros”. – Matthew Van Natta A premissa é simples:  Primeiro analise o que está e o que não está sob seu controle, depois coloque toda a sua energia apenas no que você pode dominar. Isso é o que hoje entendemos por “dicotomia de controle“: fazer uma distinção clara entre o que está e o que não está sob a nossa gerência. Epicteto descreveu essa lição em suas aulas, dando muita ênfase a esse preceito, descrevendo itens…

Leia mais
Posted onBlog

Não é possível viver bem o hoje, a menos que você o trate como seu último dia – Musônio Rufo

by Leave a comment on Não é possível viver bem o hoje, a menos que você o trate como seu último dia – Musônio Rufo

Por volta de 165 da Era Comum, o mundo foi atingido por uma praga que ficou conhecida como a Peste Antonina (ou a Praga de Galeno, em referência ao médico grego do Império Romano e descreveu aspectos da doença). A mortalidade era por volta de 7-10%, o curso clínico curto de poucos dias e a apresentação com febre, dor de cabeça e fraqueza (além de rash cutâneo). A cidade de Roma chegou a reportar 2.000 mortes por dia e houve regiões onde morreu ¼ da população. A epidemia durou 15 anos e dizimou quase 60 milhões de pessoas. Foi o…

Leia mais
Posted onBlog

O paradoxo curioso é que, quando me aceito como sou, posso mudar – Carl Rogers

by 1 comentário em O paradoxo curioso é que, quando me aceito como sou, posso mudar – Carl Rogers

Um sábio estoico, aquele que teria alcançado o conhecimento para receber tal nomeação, apareceria, segundo os próprios filósofos, como a Fênix, a cada 500 anos. O que essa história, contada por Sêneca em uma de suas cartas a Lucílio, quer nos dizer? Que alcançar esse nível de Sabedoria, Coragem, Temperança e Justiça, e levar a vida com total tranquilidade e domínio de suas emoções, é algo extremamente difícil para nós.  Não é porque não somos sábios estoicos perfeitos, porém, que devemos desistir de buscar a virtude (excelência moral) de forma persistente. Na verdade, não apenas em relação à filosofia, mas…

Leia mais
Posted onBlog

Hic et nunc: aqui e agora

by 1 comentário em Hic et nunc: aqui e agora

Podemos pensar em técnicas de atenção plena no contexto do Estoicismo? “O estoicismo é uma filosofia do ‘aqui e agora’ que se concentra nos conceitos de prosoche, ‘atenção para consigo mesmo’, que também pode ser traduzido como ‘atenção plena’” – Donald Robertson Estoicos sem dúvida enfatizaram essas práticas de atenção e de concentrar-se no momento presente. Mas de que forma eles pensavam esses conceitos? Massimo Pigliucci alerta para a importância da atenção plena e do foco no aqui e agora para fazer as melhores escolhas morais – o que seria um tipo específico de viver o hic et nunc. “Os…

Leia mais
Posted onBlog

A filosofia faz o caminhar, e a sabedoria é o destino – Sêneca

by Leave a comment on A filosofia faz o caminhar, e a sabedoria é o destino – Sêneca

Sabedoria prática Uma das quatro virtudes cardeais do Estoicismo é comumente traduzida apenas por Sabedoria (além da Coragem, Justiça e Temperança). Para trazer o seu sentido original, talvez seja melhor, como nos apresenta Massimo Pigliucci, defini-la como sabedoria prática ou prudência. Assim, mais do que passar a ideia de amar e de buscar o conhecimento, acrescentamos ao conceito uma atitude de fazer a escolha certa, de aprimorar a inteligência para melhor resolver problemas. A Sabedoria no dicionário é definida como a qualidade ou característica de quem é sábio; acúmulo de conhecimentos sobre assuntos diversos; conhecimento, natural ou adquirido, das verdades.…

Leia mais
Posted onBlog

Nós ganhamos força conforme avançamos | Vires acquirit eundo

by Leave a comment on Nós ganhamos força conforme avançamos | Vires acquirit eundo

A filosofia estoica é uma filosofia prática. Desde sua criação, ela defende a apresentação de seus conceitos e de suas ideias em ações. Os filósofos – mestres ou discípulos – devem praticá-la, testá-la, prever cenários para que nada seja inesperado, aplicar seus conceitos no dia a dia – em momentos de calmaria e de tempestade. “A Escola Estoica, em particular, privilegiava o lado prático da filosofia socrática, não apenas por meio do desenvolvimento de virtudes como autodisciplina e coragem (o que poderíamos chamar de resiliência emocional), mas também pelo uso extensivo de exercícios psicológicos” . Donald Robertson Há quanto tempo…

Leia mais